Magazine Luiza (MGLU3): Luiza Trajano diz que ‘não deu pito’ em cobrança a Campos Neto
A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3) disse que ‘não deu um pito’ sobre a cobrança pública na condução da política monetária por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC).
Luiza Trajano, assim como outros representantes do varejo, contudo, chegaram a dar declarações públicas sobre o patamar considerado por eles como ‘elevado’ da taxa básica de juros, a Selic.
A cobrança pública em relação aos juros ocorreu durante encontro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), ainda em meados de junho – antes do corte da Selic para atuais 13,25%.
“Não dei pito. Eu elogiei o Pix e afirmei que os juros tinham de baixar, apenas isso”, disse Luiza Trajano, em entrevista à GloboNews.
“A partir de março, tive a certeza de que poderiam baixar o juros, porque um país em desenvolvimento vive de duas coisas: renda e crédito”, destacou a empresária.
“Estamos com economia estabilizada de inflação, então não tem por que manter os juros. Principalmente para o empresário, porque não tem crédito”, completou.
Trajano ainda destacou que esperar ‘sinais de melhora’ e de que espera que a partir de setembro e outubro mostre um “trimestre muito melhor”.
Entenda conflito entre Luiza Trajano e Roberto Campos Neto em evento
Na ocasião, no evento do IDV, a empresária revelou que já fez mais de 20 ligações a Campos Neto, além de já ter repassado diversos recados demonstrando seu interesse na queda dos juros.
“Baixa os juros, mas não 0,25 ponto porcentual, não, que é muito pouco”, disse Luiza Trajano. A assessoria do presidente do BC sinalizou que o evento seria encerrado.
A empresária retrucou dizendo que “na hora que aperta a assessoria manda recado” e que se fosse preciso ligaria mais 20 ou 30 vezes.
Na manifestação da assessoria de Campos Neto sobre o encerramento do evento, Trajano ainda insistiu: “Não faz isso não, deixa ele dar o sinal”.
Campos Neto disse que voltaria ao evento no próximo ano e Luiza Trajano disse: “Vai ter muita gente quebrada até lá”.