A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Trajano, disse que a imagem negativa que o Brasil tinha no passado está reduzindo.
“Pelo número de brasileiros e por essa representatividade (no exterior), tenho a impressão de que essa imagem (negativa) está se diluindo cada vez mais”, disse a empresária do Magazine Luiza, ao Estadão/Broadcast, durante o Pacto Global da ONU, o SDGs in Brazil, que acontece entre esta quinta e sexta-feira, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. “Estou feliz do que estou vendo aqui”, emendou.
Segundo ela, há representantes brasileiros de peso na cidade às vésperas da semana do clima na cidade e à Assembleia-Geral da ONU que estão preocupados com a imagem do Brasil no exterior.
Trajano também reconhece que as empresas no País estão mais conscientes dos compromissos de diversidade e sustentabilidade até por pressão da pauta ESG, sigla em inglês para critérios ambientais, sociais e de governança, no mercado. “Agora, precisa sair da teoria e ir para a prática”, cobrou.
Quanto ao risco de a atual situação econômica do Brasil não permitir que os juros caiam muito no País, a dona do Magalu disse não haver “demanda em excesso” e que está “normal”. “Acredito que os juros vão cair (mais) até o fim do ano”, concluiu Trajano, sem precisar o tamanho do corte que espera.
Magazine Luiza (MGLU3): Luiza Trajano diz que ‘não deu pito’ em cobrança a Campos Neto
A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3) disse que ‘não deu um pito’ sobre a cobrança pública na condução da política monetária por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC).
Luiza Trajano, assim como outros representantes do varejo, contudo, chegaram a dar declarações públicas sobre o patamar considerado por eles como ‘elevado’ da taxa básica de juros, a Selic.
A cobrança pública em relação aos juros ocorreu durante encontro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), ainda em meados de junho – antes do corte da Selic para atuais 13,25%.
“Não dei pito. Eu elogiei o Pix e afirmei que os juros tinham de baixar, apenas isso”, disse Luiza Trajano, em entrevista à GloboNews.
“A partir de março, tive a certeza de que poderiam baixar o juros, porque um país em desenvolvimento vive de duas coisas: renda e crédito”, destacou a empresária.
“Estamos com economia estabilizada de inflação, então não tem por que manter os juros. Principalmente para o empresário, porque não tem crédito”, completou.
Trajano ainda destacou que esperar ‘sinais de melhora’ e de que espera que a partir de setembro e outubro mostre um “trimestre muito melhor”.
Entenda conflito entre Luiza Trajano e Roberto Campos Neto em evento
Na ocasião, no evento do IDV, a empresária revelou que já fez mais de 20 ligações a Campos Neto, além de já ter repassado diversos recados demonstrando seu interesse na queda dos juros.
“Baixa os juros, mas não 0,25 ponto porcentual, não, que é muito pouco”, disse Luiza Trajano. A assessoria do presidente do BC sinalizou que o evento seria encerrado.
A empresária retrucou dizendo que “na hora que aperta a assessoria manda recado” e que se fosse preciso ligaria mais 20 ou 30 vezes.
Na manifestação da assessoria de Campos Neto sobre o encerramento do evento, Trajano ainda insistiu: “Não faz isso não, deixa ele dar o sinal”.
Campos Neto disse que voltaria ao evento no próximo ano e Luiza Trajano disse: “Vai ter muita gente quebrada até lá”.
Com Estadão Conteúdo