Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, diz que Bolsonaro nunca mais terá seu voto
Luis Stuhlberger, criador do Fundo Verde, cuja rentabilidade acumulada desde 1997 chegou a 18.681%, afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast publicada neste domingo (28) que o Brasil foi o pior país do mundo no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, embora tenha acreditado em Jair Bolsonaro no passado, o político nunca mais terá seu voto.
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Luis Stuhlberger foi um dos nome de peso que apareceram na carta dos economistas, divulgada no fim da semana passada, na qual notórios personagens na economia brasileira criticaram duramente a gestão do presidente Jair Bolsonaro e instaram o governo por medidas efetivas no enfrentamento da crise sanitária.
“Certamente, o Brasil foi o pior país do mundo na condução do combate à pandemia”, pontuou o gestor ao Estadão/Broadcast.
Segundo Stuhlberger, na hora de subscrever a carta, pensou “votei em 2018, acreditei na sua proposta, mas você [presidente Jair Bolsonaro] não vai ter mais o meu voto”.
Em citação a cálculo comparativo com a gripe espanhola, quando morreram 3% da população, em relação ao Brasil de hoje, o megainvestidor afirmou que se sociedade brasileira tivesse atendido aos apelos de Bolsonaro, seriam 7 milhões de mortos.
Custo de atraso na vacinação é de até 2% do PIB, diz Stuhlberger
Na entrevista ao Estadão/Broadcast, Stuhlberger criticou o atraso na agenda de importação de vacinas e de imunização. “Podíamos ter tido a Pfizer entregando 20 milhões de vacinas no Brasil em janeiro. Foi uma chance que o Brasil jogou fora. Em janeiro, fevereiro e março, 50 milhões de pessoas podiam ter sido vacinadas, mas fomos para o fim da fila.”
De acordo com o gestor o custo do atraso é de 1,5% a 2% de perda no Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, o equivalente a de R$ 130 bilhões a R$ 140 bilhões.
Somado ao custo do auxílio emergencial, pode-se falar em uma perda de R$ 200 bilhões neste ano, disse Stuhlberger. “Era muito melhor ter gasto esse dinheiro em vacinas. ”