A Lufthansa registrou prejuízo de 2,1 bilhões de euros (R$ 13,56 bilhões) no primeiro trimestre de 2020. A companhia aérea alemã, que recebe auxílio do país para evitar falência, informou que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) influenciou o resultado trimestral.
A pandemia do coronavírus “influencia de forma inédita o nosso resultado e a demanda será reativada muito lentamente, o que teremos que equilibrar com uma profunda reestruturação”, informou a Lufthansa.
No mesmo período no ano de 2019, a companhia aérea havia apresentado prejuízo de 342 milhões de euros. Em abril deste ano, a empresa registrou uma perda operacional de 1,2 bilhão de euros e queda de 18% no faturamento.
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“A Lufthansa pretende reduzir os custos de forma líquida em comparação com o nível anterior à crise”, comunicou a companhia.
Alemanha aprova socorro de até 9 bi de euros à Lufthansa
A Lufthansa informou em meados de maio que o Fundo de Estabilização Econômica (WSF, na sigla original) do governo da Alemanha aprovou um pacote de socorro de até 9 bilhões de euros (cerca de R$ 53,64 bilhões) à empresa.
Conforme comunicado divulgado pela maior companhia aérea alemã, a proposta também obteve apoio do conselho executivo da Lufthansa. O pacote de resgate prevê medidas de estabilização e empréstimos para garantir suporte à empresa em meio à crise induzida pela pandemia.
Segundo documento, o WSF deterá 20% do capital social da aérea, com possibilidade de elevar essa participação para 25% mais uma ação se uma outra companhia tentar assumir o controle da empresa. O Fundo irá pagar 2,56 de euros por ação, garantindo 300 milhões de euros à Lufthansa.
Saiba mais: Lufthansa espera obter pacote de resgate do governo em breve
O acordo condiciona a concessão de dois assentos no conselho fiscal da companhia preenchidos por escolha do governo da Alemanha. O WSF não irá exercer seus direitos de voto, com exceção em casos de aquisição.
O Fundo comprará 5,7 bilhões de euros em ativos da Lufthansa, conforme a nota divulgada. A participação é temporária e poderá ser reduzida integral ou parcialmente por trimestre pela companhia. A remuneração será de 4%, durante 2020 e 2021, aumentando a partir do anos subsequentes até atingir 9,5% em 2027.