Uma greve de funcionários da Lufthansa causou o cancelamento de mais de mil voos pela companhia alemã.
Cerca de 134 mil passageiros foram afetados pela greve da Lufthansa, com alterações nos seus planos de voo ou cancelamento dos mesmos
Segundo informações da agência de notícias Lusa, Frankfurt e Munique são os aeroportos mais afetados pela greve, mas também houve um grande volume de voos cancelados em Duesseldorf, Hamburgo, Berlim, Bremen, Hannover, Estugarda e Colónia.
O aeroporto de Lisboa também está dentre os que sofrem o maior impacto da paralisação.
Por conta da escassez de funcionários, filas intermináveis, voos atrasados e perda de bagagem tem sido recorrentes nos últimos meses. Com a greve, a situação tende a se intensificar.
Os problemas com bagagens têm sido os mais recorrentes nos últimos meses. Como exemplo, em Londres, a Delta Air Lines acumulava mais de 1000 volumes de bagagem extraviados.
Nesse cenário, foi enviado um avião Airbus A330 para buscar somente bagagens.
Ainda na segunda (25), o Sindicato Verdi – que contempla os funcionários da Lufthansa – emitiu um comunicado de avisando sobre a greve.
O período estimado pelos funcionários é de 03:45 (01:45 GMT) de quarta às 06:00 de quinta (04:00 GMT), “para aumentar a pressão” sobre a administração da empresa.
Os funcionários pedem reajustes salariais de 9,5%.
Os funcionários envolvidos na greve são os que estão vinculados à manutenção, operadores de veículo de reboque e outros que estão vinculados à organização e à rotina do aeroporto.
Greve da Lufthansa vem em meio à escassez de funcionários
“A situação nos aeroportos está se deteriorando e os funcionários estão cada vez mais pressionados e sobrecarregados devido à grande falta de pessoal, à inflação alta e à ausência de aumentos há três anos”, disse a dirigente sindical Christine Behle à agência Lusa.
A fala se dá em meio a uma dificuldade do setor de se reajustar à demanda.
Isso pois as companhias tem visto uma retomada aos níveis pré-pandemia – até mesmos superando números de 2019 -, mas o quadro de funcionários e a estrutura não tem acompanhado a curva.
Atualmente faltam mais de 7 mi funcionários no setor da aviação alemão, por exemplo – um dos motivos que ocasiona a greve da Lufthansa. Os números são do Instituto IW, que publicou os números ainda no fim de junho.
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