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Stone (STOC31): lucro cai, mas aumento de clientes anima mercado e ação dispara 40%

Stone (STOC31): lucro ajustado tem alta. Foto: Reprodução Facebook

Stone (STOC31). Foto: Reprodução Facebook

Apesar da queda de 90,6% no lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2021, investidores viram o balanço da operadora de maquininhas Stone (STOC31) como positivo e os papéis da empresa dispararam, tanto as ações em Nova York, com alta de 39,23%,  quanto os recibos no Ibovespa, com alta de 36,74% às 11h30 desta sexta-feira (18).

O otimismo do mercado com a companhia contamina também outras empresas do setor de adquirência, nome técnico para o setor de maquininhas. Os BDRs da PagSeguro (PAGS34), por exemplo, tem alta de 16,22%, enquanto a Cielo (CIEL3) lidera ganhos do Ibovespa com alta de 7,20%.

Segundo a Stone, a queda do lucro tem relação com os custos elevados, uma vez que a receita chegou a R$ 1,8 bilhão no quarto trimestre de 2021, alta de 87% no comparativo com mesmo período do ano anterior.

Em nota, a companhia minimizou a queda do lucro e disse que o resultado é atingiu o ápice de retração por conta do aumento das taxas de depósito interbancário no Brasil e a política da empresa de pagamento antecipado. A margem líquida ficou em 1,8%.

“A expectativa é que as margens comecem a melhorar em 2022, apesar dos investimentos contínuos na operação”, afirma.

Por outro lado, o que animou investidores foi o aumento da base de clientes da Stone, que subiu de 774,5 mil para 1,77 milhão clientes ativos, crescimento de 128% entre o quarto trimestre de 2021 e o mesmo período do ano anterior.

A ampliação da base superou até mesmo as expectativas da companhia, que tinha projeção entre 1,4 milhão e 1,5 milhão. Apenas no quarto trimestre, foram 377,7 mil novos clientes, 38,1% das adições do ano e avanço de 217% em relação ao mesmo período de 2020.

No relatório, a companhia também destacou a antecipação de investimentos na operação.

“Decidimos fazer uma compra inusitadamente grande de [maquininhas] (POS, na sigla em inglês) no último trimestre de 2021 para ampliar o nosso estoque e reduzir os riscos ao crescimento em 2022, conforme avançam as incertezas globais sobre a cadeia de suprimentos e escassez de componentes para a fabricação de microchips”, destaca.

“Como resultado, o fluxo de caixa livre ajustado no último trimestre de 2021 foi negativo, em R$ 181,7 milhões. Acreditamos que a antecipação de compra dos POSs foi uma decisão acertada considerando o crescimento que temos produzido e a redução do tempo de entrega que tínhamos, o que fortalece a nossa posição competitiva”, completou declaração da Stone.

Recomendação do BTG para papéis da Stone é neutra

O BTG Pactual, em relatório, destaca que a receita da companhia veio forte no quatro trimestre de 2021, e a publicação, quase no fim do primeiro trimestre de 2021, trouxe “números importantes e uma perspectiva notável para o período”.

Apesar da alta do valor das ações, o BTG mantém recomendação neutra, ao preço alvo de US$ 15,00 em 12 meses, potencial de valorização de 13,0% sobre a cotação atual.

Segundo o banco, o cenário segue desafiador em 2022, mas destaca que a direção da companhia reconheceu erros cometidos em 2021 e está tomando providências para retomar a confiança do investidor.

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