A Porto Seguro (PSSA3) encerrou o quarto trimestre de 2021 com lucro líquido recorrente de R$ 296,1 milhões, queda de 27,2% na comparação anual, com alta de 43,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. No ano de 2021, o resultado líquido da seguradora foi de R$ 1,176 bilhão, queda de 28,6% frente a 2020.
Se acrescidos efeitos da reversão do imposto de renda e da contribuição social recolhidos sobre depósitos judiciais, o lucro líquido da Porto Seguro no 4T21 teria chegado a R$ 532,8 milhões, uma alta de 30,8% em um ano e de 886,9% em um trimestre.
Já o lucro do ano teria chegado a R$ 1,544 bilhão, queda de 8,5% em relação a 2020.
Entre os quartos trimestres de 2020 e 2021, o retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) da Porto caiu 5,4 pontos porcentuais, para 12,9%. No acumulado do ano, foi de 12,7%, baixa de 6,4 p.p. – estes números também consideram o resultado recorrente.
O patrimônio líquido médio da seguradora fechou o ano de 2021 em R$ 9,165 bilhões, avanço de 6,4% em relação a dezembro de 2020, e de 0,3% ante setembro de 2021.
Entre outubro, novembro e dezembro de 2021, a Porto Seguro teve receita total de R$ 6,041 bilhões, avanço de 13,6% na comparação anual, e de 7,6% na trimestral.
No acumulado de 2021, a receita da Porto Seguro subiu 13,2%, para R$ 21,455 bilhões.
- Na seguradora, foram R$ 4,1999 bilhões em prêmios no trimestre, alta de 9,3% em termos anuais, e de 7,2% em base trimestral.
- Na vertical de automóveis, em que a companhia é líder de mercado, foram R$ 3,077 bilhões em prêmios emitidos, alta de 9,5% no ano, e de 8,6% no trimestre.
Em 2021, os prêmios emitidos pela seguradora foram de R$ 14,936 bilhões, alta de 11% em relação a 2020.
Sinistralidade da Porto Seguro
A sinistralidade total da empresa subiu 7,7 pontos, para 57,2% no quarto trimestre, diante do forte avanço do índice na vertical de automóveis. No ano, a sinistralidade da Porto Seguro foi de 53,1%, alta de 5,6 pontos, a segundo melhor dos últimos 10 anos, indica a empresa em balanço financeiro.
No ramo de seguro automotivo, a sinistralidade ficou em 61,6%, alta de 13,5 p.p. em um ano.
“No 4T21 a sinistralidade consolidada do Auto atingiu 61,6%, impactada principalmente pelo aumento nos custos de indenização e reparos, em decorrência da inflação de peças e do forte aumento no preço dos carros, além do retorno da mobilidade para os níveis pré-pandemia”, observa a seguradora.
Em seguros de vida, a sinistralidade foi de 37% para 31,1% entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período do ano passado.
Esse resultado da Porto Seguro no 4T21 se deu pelo menor impacto da pandemia da Covid-19, com o avanço da vacinação, explica o documento.