Lucro do IRDM11 cresce 10,3% e fundo revela o que impactou os dividendos

O fundo imobiliário IRDM11 anunciou um lucro mensal de R$ 29,735 milhões em setembro, o que corresponde a um aumento de 10,32% na comparação com o mês anterior, quando o resultado somou R$ 26,952 milhões.

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O faturamento do mês com ativos foi de R$ 32,428 milhões, já as despesas somaram R$ 2,693 milhões. A partir do lucro registrado, distribuiu-se R$ 29,171 milhões em dividendos do IRDM11.

Os rendimentos do IRDM11 foram de R$ 0,800673156 por cota, o que corresponde a uma remuneração bruta de IR de 111,11% do CDI. A gestão explicou que em setembro foram notáveis os impactos da deflação dos ativos.

O fundo conta com 126 CRIs de sua carteira que estão relacionados à correção monetária de índices de preço. Desse total, 31 acabaram sendo afetados pela deflação em setembro.

“Dessa forma, é possível deduzir que a janela de correção monetária mais punitiva para os rendimentos do fundo pode ter passado”, disse o IRDM11 em relatório.

O FII IRDM11 ainda conta com um saldo de correção monetária acumulado em alguns ativos, totalizando o valor de R$ 12,1 milhões que, por sua vez, poderá ajudar o FII a diminuir o impacto de uma inflação mais baixa nos dividendos que serão pagos futuramente.

A gestora do fundo teve o recebimento de R$ 563,5 mil em pagamentos de juros ou amortização de operações em reestruturação, ou que tiveram uma reestruturação recente durante o mês de setembro.

“Como a continuação desse fluxo financeiro é ainda incerta para o futuro próximo, foi decidido por ora e até que esses casos tenham uma maior previsibilidade quanto às suas respectivas entradas financeiras, por conservadorismo, também por reter esse valor. Apesar de prejudicar o rendimento atual distribuído, a gestão acredita que essa decisão favorece o fundo a médio e longo prazo”, afirma a gestão.

Carteira do IRDM11

Cerca de 71,78% da carteira do fundo imobiliário IRDM11 está alocado em CRIs. Mas o FII também conta com 19,61% investido em cotas de outros FIIs. A parcela remanescente está em caixa ou em FII-RF.

Vale destacar que 60,77% do portfólio está atrelado ao índice IPCA. Apesar disso, também há 10,62% de exposição no CDI+ e 4,82% no CDI.

A gestão ressalta que em setembro a baixa nos preços dos alimentos contribuiu para “aliviar” a inflação, apesar do aumento das tarifas de energia e gasolina acabarem pressionando os preços em todas as faixas de renda.

A partir do contexto atual, a gestão do IRDM11 afirma continuar empenhada no processo de reciclagem da carteira, buscando sua melhor performance.

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João Vitor Jacintho

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