O conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) informou nesta segunda-feira (9) que o aumento do desemprego em 2020 deve reduzir o lucro do FGTS. O resultado deve chegar a R$ 6,9 bilhões até o fim do ano, uma queda de 39%, informaram. A estimativa foi apresentada aos membros do conselho e faz parte do orçamento do fundo. A informação foi divulgada pelo “UOL”.
No ano passado, o FGTS registrou um lucro líquido de R$ 11,3 bilhões, com R$ 7,5 bilhões distribuídos para os trabalhadores cotistas.
De janeiro a setembro foram perdidos 558.597 empregos no Brasil em meio a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia.
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“Com o aumento do desemprego, mais pessoas sacaram recursos do fundo em 2020 e ainda começaram outras modalidades de saques, como o aniversário. Isso afetará o resultado do fundo”, informou um integrante do conselho curador do FGTS.
Além disso, o orçamento apresentado aos conselheiros do FGTS ainda estimou que o lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço chegará em R$ 7,3 bilhões no próximo ano, R$ 7,7 bilhões, em 2022, e R$ 7,6 bilhões, em 2023.
“Essas estimativas são conservadoras e o resultado pode melhorar com o aumento da geração de emprego. Isso dependerá do ritmo de recuperação da economia. Acredito que o lucro pode aumentar nos próximos anos”, declarou um conselheiro do fundo.
Conselho Curador do FGTS aprova distribuição de R$ 7,5 bi do lucro
O Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição de R$ 7,5 bilhões do lucro registrado pelo fundo em 2019, que foi de R$ 11,324 bilhões. O lucro será distribuído entre todos os cotistas com saldo na conta vinculada em 31 de dezembro do ano passado. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11).
A Caixa Econômica Federal efetuará o crédito nas contas do FGTS, proporcionalmente ao saldo, até o final de agosto. O valor que será pago aos cotistas representa uma rentabilidade de 4,90% no ano passado. O percentual de ganho está acima da inflação e da poupança.
O montante só poderá ser sacado nas modalidades tradicionais, como em demissões, compra de imóvel próprio e aposentadoria. As contas vinculadas ao FGTS são remuneradas a 3% ao ano, geralmente, com acréscimo da Taxa Referencial (TR), que se encontra zerada. Essa rentabilidade já está acima de outros tipos de aplicação. Isso porque o cenário atual possui uma taxa de juros básica da economia (Selic) baixa, a 2%. Ou seja, a opção de 3% em um ano já é mais rentável do que a poupança e títulos do Tesouro (aplicações de renda fixa que ainda são populares entre os brasileiros).