O Goldman Sachs apresentou nesta sexta-feira (6) um relatório sobre a Lojas Renner (LREN3), no qual avaliou que a varejista brasileira divulgou resultados ainda fracos referentes ao terceiro trimestre, mas, segundo o grupo financeiro norte-americano, que indicam uma conjuntura “encorajadora” para a retomada das operações no futuro.
O banco salientou que o cenário permite vislumbrar uma normalização gradual no último trimestre de 2020, com a Lojas Renner reportando um crescimento positivo das vendas em setembro, uma tendência que, de acordo com a companhia, continuou em outubro. Os números do mês passado ainda não foram auditados e não integram os dados regulares do terceiro trimestre.
A administração da varejista também expressou confiança na retomada dos níveis de vendas e lucratividade para patamares próximos ao normal no quarto trimestre.
Às 16h20, as ações da Lojas Renner, listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), caíam 3,22%, cotadas a R$ 41,18, enquanto o Ibovespa operava perto da estabilidade.
Além disso, o Goldman Sachs chamou atenção para o fato de que as vendas digitais e as iniciativas no sentido da omnicanalidade continuam a registrar progressos, com o crescimento das vendas online avançando ante os meses de abril e junho, mesmo que perdendo tração após a reabertura das lojas.
Para o financiamento ao consumidor, a instituição financeira observou um caminho mais gradual para a recuperação, apesar das tendências de qualidade de crédito e recuperação terem sido encorajadoras.
Goldman mantém recomendação de compra para Lojas Renner
Nesse sentido, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para as ações da Lojas Renner e ressaltou que, embora as resultados tinham ficado abaixo do previsto em questão de receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), espera que “o mercado se concentre no futuro e no potencial para ganhos de ações desproporcionais no que continua sendo um ambiente relativamente desafiador para o setor.”
A Lojas Renner apresentou os resultados do terceiro trimestre deste ano na quarta-feira (5). A varejista de moda registrou um prejuízo de R$ 82,9 milhões no período, revertendo o lucro líquido de R$ 186,7 milhões apurado no mesmo período de 2019.