Lojas Marisa (AMAR3) projeta receita bruta de até R$ 2,5 bilhões em 2024; veja outras estimativas
A Lojas Marisa (AMAR3) informou por meio de fato relevante nesta terça-feira (26) que projeta uma receita bruta de R$ 2,3 bilhões a R$ 2,5 bilhões em 2024, além de um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) entre R$ 100 milhões a R$ 130 milhões no período.
Segundo a varejista, a projeção foi baseada no reabastecimento de lojas, adequação de sortimento entre canais físico e digital, recuperação de receita mesmas lojas próximas ao patamar do ano de 2022 e manutenção da área de venda.
Também no texto, a Lojas Marisa informou que estima uma margem bruta (lucro bruto sobre receita) de 50% a 52% no próximo ano, “projeção baseada em maior giro de estoque, maior assertividade na oferta de produtos entre canais, políticas de descontos diferenciadas e adequação de sortimento”.
Ainda de acordo com a Marisa, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia deve ficar entre R$ 100 milhões a R$ 130 milhões em 2024. Para a empresa, a projeção é baseada no encerramento de lojas deficitárias (2023), o que deve se traduzir em incremento de Ebitda potencial, Ebitda positivo das lojas ativas com base em 2022, além de redução de despesas operacionais implementadas em 2023 e 2024.
O perfil da dívida da Marisa em 2024, segundo projeções da varejista, está dividido em 10% a curto prazo e 90% a longo prazo, baseado na “otimização da estrutura de capital como foco em dívidas estruturantes de longo prazo”, destacou.
Também para 2024, a Marisa projeta uma alavancagem financeira (dívida líquida/Ebitda) entre 0,9 vez e 1,2 vez.
Marisa (AMAR3) deve pagar dividendos em 2024, diz CEO
Em entrevista ao E-Investidor, site do Estado de S. Paulo, o atual presidente da Lojas Marisa, João Nogueira Batista, destacou que tem expectativas de que a companhia volte a pagar dividendos ainda em meados de 2024.
A última vez que acionistas viram dividendos da Marisa foi em meados de 2015, conforme dados do Status Invest, com R$ 0,065 pagos por ação no acumulado do ano.
O recorde pago foi em 2011, com R$ 0,67 por ação AMAR3.
“O impacto positivo já deu para ser sentido nos primeiros seis meses do ano. Quando divulgamos o resultado, fizemos um proforma para mostrar que se tirássemos as despesas não recorrentes (gastamos R$ 120 milhões fechando lojas, demitindo pessoas e etc.), já teríamos conseguido EBTIDA positivo no varejo”, disse Batistas sobre os avanços na sustentabilidade financeira da empresa.
“No terceiro trimestre, esperamos que esse processo continue. Nossa expectativa é de que a Marisa volte a pagar dividendos já no ano que vem”, concluiu.
A declaração mostra um grande otimismo por parte da gestão, dado que a empresa mostrou dívidas volumosas no início do ano e anunciou fechamento de 88 lojas em abril.
No primeiro trimestre do ano, o prejuízo líquido da companhia foi de R$ 212,3 milhões.
Marisa e o ‘revés’ com a Credsystem
O CEO da Marisa ainda se disse ‘contrariado’ com a reação do mercado na segunda (18), com relação à decisão do acordo com a Credsystem.
O executivo esperava reações positivas, mas as ações da Marisa caíram mais de 8% no pregão.
A gestão ainda espera bons frutos do acordo, com recebimento de R$ 110 milhões ao longo de um ano, sendo R$ 60 milhões logo na assinatura do contrato.
“Essa parceria muda o jogo. Com a reformulação do negócio de crédito, ajuste das lojas e redução de pessoal, tudo isso que fizemos e ainda vamos continuar ajustando, resolveremos nossa estrutura de capital e ainda criar uma maneira inteligente e profissional de financiar o nosso cliente”, declarou o CEO da Marisa.
Desempenho das ações da Marisa
Cotação AMAR3
