A Loggi, startup de logística, recebeu R$ 1,15 bilhão em sua sétima rodada de investimentos. Esse é o maior aporte desde 2013, início das operações da companhia de entregas, segundo reportou o jornal Valor Econômico.
A rodada de investimentos, que foi liderada pela CapSur Capital, fundo especializado em empresas de tecnologia, será utilizada pela Loggi para expandir as estruturas físicas e capacidade tecnológica. A ideia da empresa é chegar a 100% da população brasileira, sendo que hoje opera sobre 59%.
A companhia já havia recebido R$ 900 milhões em investimentos, entrando em 2020 na lista de unicórnios brasileiros, startups que são avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões na cotação atual).
Embora não divulgue seu valor de mercado, a Loggi é avaliada em aproximadamente US$ 2 bilhões, segundo disse o diretor financeiro Thibaud Lecouyer ao Valor. O aporte também contou com a participação de:
- SoftBank;
- Microsoft;
- Monashees;
- GGV;
- Sunley House.
De acordo com o diretor, o desejo pela captação de mais recursos surgiu em agosto de 2020, tendo o processo durado apenas três meses. Segundo Lecouyer, a inspiração são as empresas de entrega na China, que investiram massivamente em tecnologia e automação para saírem mais fortes da pandemia.
Infraestrutura é o foco da Loggi
Da totalidade dos recursos levantados agora, aproximadamente 55% (ou R$ 632,5 milhões) serão destinados a investimentos em infraestrutura. Nesse sentido, os recursos serão direcionados a novos centros de triagem de encomendas.
No ano passado, seis novos centros foram abertos, somando-se ao de São Paulo — a meta para este ano é abrir mais sete.
Outros 25% (R$ 287,5 milhões), de acordo com o jornal, serão direcionados à tecnologia. Em 2020, a companhia anunciou investimentos de ao menos R$ 600 milhões em tecnologia e inovação até o fim do ano que vem. A empresa visa ampliar a equipe de pesquisa e desenvolvimento.
No início de 2021, a Loggi atingiu o patamar de 350 mil entregas por dia. Há 12 meses, antes da pandemia, eram menos de 100 mil. No ano passado, a receita total da empresa, que há dois anos tinha 25 mil entregadores autônomos, cresceu 125%, mas o balanço não é divulgado ao público.