Log-in (LOGN3) dispara 56% após oferta da MSC de R$ 25 por ação em OPA
Após uma oferta de compra de até 67% de seu capital, a Log-In (LOGN3) sobe 36,6% cotada a R$ 20,44. Em relação ao preço de fechamento do dia anterior, a companhia chegou a bater 56% de alta na abertura de mercado, cotada a R$ 22,50.
A oferta foi feita pela Sas Shipping Agencies Services, subsidiária da MSC. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante na noite da última quarta-feira (15), em documento arquivado pela Log-In na Comissão de Valor Mobiliários, a CVM.
Com a oferta, a Log-in poderia ter uma oferta pública de aquisição (OPA, na sigla em inglês) no futuro, o que motiva a alta das ações da Log-In.
A Sas Shipping frisou que buscará obter os devidos compromissos formais com os acionistas da Log-In, propondo uma OPA voluntária. O preço por ação proposto pela subsidiária da MSC foi de R$ 25, ainda acima do valor de negociação da companhia na bolsa.
Agora, a proposta de OPA da Log-In será analisada pela empresa, bem como suas obrigações ante a proposta já formalizada, segundo o comunicado divulgado ao mercado.
A Sas informou que os termos e condições apresentados na carta não substituem a publicação do edital de OPA voluntária, a ser realizada posteriormente. Vale pontuar, ainda, que atualmente nem a MSC nem a SAS detêm participações acionárias na Log-In.
“A Sas espera iniciar as discussões sobre este assunto”, diz a subsidiária ao fim da carta, anexada no documento que consta na CVM, com 18 páginas.
Quem está fazendo a oferta para a Log-In?
A MSC é uma empresa logística de origem suíça, fundada em 1970 e que atualmente possui uma frota de 600 navios e mais de 100 mil colaboradores.
A sua atuação chega a 155 países, fazendo escalas em 500 portos por meio de 230 rotas comerciais. São transportados 23 milhões de unidades equivalentes a vinte pés (TEU) por ano.
Analistas veem upside ainda maior para LOGN3
Em análise, o Goldman Sachs salientou que a proposta da MSC ocasiona um prêmio de 67% sobre o preço corrente das ações e de 20% sobre o preço-alvo atribuído pelo banco.
Em ocasiões anteriores, com o balanço da companhia, o Itaú BBA já havia citado que positivamente os números apresentados mostraram tendências operacionais de alta em relação ao primeiro trimestre de 2021, que já foi um trimestre forte.
“A Log-In entregou excelentes resultados no segundo semestre de 2020 e sólidos números no primeiro semestre de 2021, indicando que não apenas o efeito da crise na receita foi limitado ao primeiro semestre de 2020, mas seu foco em custos e a redução de despesas deu frutos,” escreveram Thais Cascello, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano.
Na ocasião, a casa manteve o rating de desempenho acima da média para Log-In, com um preço alvo para o ano de R$ 22,00 por papel, e enxerga espaço para uma revisão para cima.