A Localiza (RENT3) divulgou nesta quinta-feira (29) um lucro líquido de R$ 447,9 milhões no segundo trimestre deste ano. O resultado equivale a uma alta de 398,2% sobre o mesmo período do ano passado, quando contabilizou R$ 89,9 milhões.
A receita líquida consolidada da companhia apresentou aumento de 71,7% no segundo trimestre. Em comparação ao 2TRI20, a receita líquida de aluguéis apresentou crescimento de 65,5%, sendo 94,0% na divisão de aluguel de carros e 13,1% na divisão de gestão de frotas.
Em comunicado, a Localiza afirmou que ao longo do trimestre foi possível perceber a retomada gradual dos volumes e, com a aceleração do processo de vacinação em massa, a demanda por aluguel de carros aumentou — e deve crescer mais nos próximos trimestres. A redução de despesas também contribuiu para o resultado.
A Localiza destaca ainda que encerrou o trimestre com 621 agências, 548 no Brasil, 73 em outros 4 países da América do Sul. “Voltamos a investir na expansão da rede e do time para a retomada do crescimento no pós-crise. Em comparação ao 2T20, foram adicionadas 24 novas agências próprias à rede”, diz a empresa.
A empresa acrescentou que, com a perspectiva de continuidade na restrição no suprimento de carros, está sendo cautelosa com a disponibilização e quilometragem da frota para conseguir alongar a sua vida útil dos carros e manter o volume de renovação mais baixo até que a indústria normalize o seu fornecimento.
Já as receitas de seminovos aumentaram 77,2%, devido ao crescimento de 35,0% no volume de carros vendidos, combinado ao aumento de 31,3% no preço praticado, informou a empresa.
No 2T21, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado totalizou R$ 769,7milhões, valor 77,0% maior que o mesmo período do ano anterior.
Na divisão de Aluguel de Carros, a margem EBITDA foi de 38,6% no 2T21, redução de 14,6 p.p. em relação ao 2T20, trimestre positivamente impactado em R$ 103,4 milhões pela reversão da provisão de créditos de PIS/Cofins, contribuindo para um aumento de 21,7 p.p. na margem.
Reflexo da segunda onda
O documento que traz o balanço da empresa no trimestre explica: “Na análise sequencial, comparando com o 1T21, há um efeito em margem associado à queda nos volumes, reflexo da segunda onda da pandemia, ainda não acompanhada por uma redução de custos.”
E complementa: “A continuidade do envelhecimento da frota resulta em níveis de manutenção elevados. Além disso, houve o impacto também por maiores custos com mobilização de frota em razão da maior compra de carros para essa divisão no trimestre. Gastos com pessoal e abertura de 11 agências também influenciam esses números da operação.”
Localiza: redução de despesas
Pelo Seminovos, o aumento do preço dos carros novos continua refletindo nos valores dos veículos vendidos, afetando positivamente a margem EBITDA — que alcançou 14,6% no 2T21, 18,6 p.p. superior à do mesmo período do ano passado, e tende a sustentar um patamar mais elevado nos próximos trimestres.
Na comparação com 1T21, o EBITDA de Seminovos apresenta um aumento de 1,1p.p. pela melhora nos preços praticados e redução de despesas, apesar da queda no volume de vendas.
(Com informações do Estadão Conteúdo)