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“Lobo de Wall Street” vira coach de traders em corretora dos EUA

Veja as 5 razões que levaram às novas máximas das Bolsas de Valores

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Uma plataforma de treinamento para traders nos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (19) que terá o “Lobo de Wall Street” como um dos professores de trading. A corretora tem chamado atenção por suas táticas de vendas de alta pressão.

Jordan Belfort ganhou o seu apelido após vender penny stocks sem valor para investidores na Stratton Oakmont, a corretora que administrou na década de 1990. Consequentemente, ele foi mandado para a prisão e impedido de se associar com qualquer corretora, distribuidora, empresa de investimento ou consultor de investimentos.

Agora, ele vai “compartilhar seus setores de trade favoritos” com investidores e ensiná-los a “aprender com seus erros” e “aproveitar oportunidades” em uma série de vídeos, disse RagingBull. A empresa acrescentou que não aconselhará sobre ações, empresas ou estratégias de investimento específicas.

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Os crimes de Belfort foram narrados em um filme de Martin Scorsese de 2013, estrelado por Leonardo DiCaprio. Ele lançou uma empresa de coaching de vendas e palestras depois de sair da prisão em 2005.

De acordo com Belfort, “o mercado foi inundado com novas contas e corretores, e muitos deles não sabem o que estão fazendo”.

Vale ressaltar que a RagingBull afirma em seu site que não é supervisionada pelos reguladores da Securities and Exchange Commission (SEC) e “não é licenciada nem qualificada para fornecer consultoria de investimento”. Em vez disso, uma “equipe de especialistas” sem experiência profissional de investimento apresenta treinamento online para clientes que pagam assinaturas anuais de até US$ 2.000 (cerca de R$ 11.060), de acordo com a empresa.

Mais de 90% dos day traders no Brasil têm prejuízo

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou em 2019 como seja quase impossível sobreviver fazendo “day trade”. A pesquisa foi encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os pesquisadores da FGV, Fernando Chague e Bruno Giovannetti, analisaram dados de 2012 até 2017. Foram monitoradas 19.696 pessoas que começaram a operar com day trade.

Desse total, apenas 1.558 (7,9%) tentaram operar no médio-longo prazo. Ou seja, continuaram no day trade por mais de 300 pregões. Cerca de 91% desse grupo registrou prejuízo. No total, as perdas acumularam R$ 68,4 milhões. Uma média de R$ 35,90 por dia para investidor, com picos de mais de R$ 1 mil. Um cálculo que não considera o custo de corretagem e despesas com plataformas de negociação ou eventuais cursos. Foram contabilizados apenas os emolumentos e taxa de registro variável cobrada pela B3.

Saiba mais: FGV: mais 90% de quem tenta viver de day trade têm prejuízo

“Nós apresentamos fortes evidências de que não faz sentido, ao menos econômico, tentar viver de day trading. Os dados indicam que a chance de obter uma renda significativa é remota para as pessoas que persistem na atividade. Por outro lado, a chance de se obter prejuízo é muito elevada”, escreveram os pesquisadores no estudo.

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