Livraria Cultura poderá ter falência decretada após Justiça negar recurso
O pedido feito pela Livraria Cultura, para aprovação de um novo plano de recuperação judicial foi negado pelo juiz Marcelo Sacramone, da 2ª Vara de Falências de São Paulo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) pelo jornal “O Globo”.
O magistrado atribuiu à Livraria Cultura cinco dias, contados a partir da última sexta-feira (21), para a empresa provar que tem cumprido suas obrigações, sob pena de ter a falência decretada.
Na última segunda-feira (14) a assembleia de credores não aprovou a proposta feita pela livraria, que informou necessitar fazer a revisão do seu plano de recuperação e suas obrigações previstas em função do impacto negativo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em suas operações.
De acordo com a decisão, a livraria, que apresenta dívidas de cerca de R$ 285 milhões, deve cumprir o plano que já havia sido aprovado antes do período da pandemia. Entretanto alguns credores, inclusive ex-funcionários da empresa, informaram que a Cultura não tem cumprido suas obrigações, o que levou o juiz Sacramone a dar o prazo de cinco dias para que a rede de livrarias comprove que está seguindo o plano em vigência.
Caso a empresa não comprove, poderá ter a falência decretada e seus ativos serão liquidados para o pagamento das dívidas.
Livraria Cultura recebe não de parte dos credores e pode ir à falência
Parte dos credores da Livraria Cultura rejeitou no dia 14 de setembro a nova proposta de recuperação judicial. Com isso, fica a cargo da Justiça determinar se o processo caminha em direção à falência.
A maioria dos credores de classe 4 da empresa, que representam editoras menores a quem a rede de livrarias possui uma dívida menor, rechaçou o aditivo apresentado ao plano por conta da pandemia do novo coronavírus.
Saiba Mais: Livraria Cultura recebe não de parte dos credores e pode ir à falência
Do total de 45 credores presentes na assembleia, 24 votaram contra a aprovação do plano de recuperação judicial da Livraria Cultura, enquanto mais de 95% dos grandes credores de classe 1 votaram a favor.