Lira rejeita possibilidade de retirar Bolsa Família do teto de gastos
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou nesta quarta-feira (3) a possibilidade de retirar o Bolsa Família do teto de gastos a partir das discussões envolvendo a PEC Emergencial.
O reforço do deputado federal vem após rumores de que o Congresso votaria para deixar o programa fora da âncora fiscal. A possibilidade de desrespeito ao teto de gastos rendeu ao Ibovespa uma queda de mais de 3% na tarde de hoje. Depois da fala de Lira, o índice amenizou as perdas e fechou em baixa de 0,32%, a 111.183,95 pontos.
“Esta fala é para deixar bem claro que todas as especulações que rondaram ou sondaram no dia de hoje são infundadas. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto de gastos. Notícias especulativas não contribuem para o clima de estabilidade, de previsibilidade do nosso país”, disse o presidente da Câmara a jornalistas.
O parlamentar também foi ao Twitter (TWTR34) para reiterar que são “infundadas todas as especulações sobre furar o teto.”
Quero deixar claro q/ são infundadas todas as especulações sobre furar o teto. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto.Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) March 3, 2021
Bolsa Família fora do teto não seria benéfico
Depois da declaração de Arthur Lira, o deputado federal Marcel Ramos (PL-AM) também advogou em favor do teto de gastos em sua conta no Twitter.
Tirar o bolsa família do teto pode parecer algo socialmente benéfico mas os impactos no câmbio, juros e inflação vão corroer qualquer ganho ilusório momentâneo. O presidente @ArthurLira_ reafirmou nosso compromisso com o teto que dá sustentabilidade a nossa política fiscal.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) March 3, 2021
De acordo com especialistas consultados pelo SUNO Notícias, a possibilidade de desrespeito ao teto de gastos, combinada com interferências por parte do governo, pode endividar ainda mais o País, fazendo com que o mercado exija um pagamento maior.
