A Totvs (TOTS3) enviou, nesta sexta-feira (14), uma proposta de combinação de negócios para a Linx (LINX3). A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.
A oferta ocorre em meio ao anúncio do acordo de aquisição da Linx pela Stone (NASDAQ: STNE), por R$ 6,04 bilhões. A transação, no entanto, é questionada por investidores minoritários — a gestora Fama, que detém cerca de 3% do capital da Linx, é um deles. Segundo reportou o jornal “Valor Econômico”, por ora, a credenciadora de cartões não deve realizar uma contraproposta.
De acordo com a Totvs, cada acionista da Linx receberia uma ação de emissão da Totvs mais R$ 6,20 por cada papel de sua titularidade. Ao fim, os investidores da Linx possuiriam 24% do capital total de votante de Totvs.
O processo deverá passar pela assembleia geral de ambas as companhias, e, para que seja aprovado, passará pelo crivo do Conselho Adminsitrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A transação possui um forte racional estratégico em razão da alta complementariedade de mercados, soluções e serviços, resultando em uma substancial criação de valor para as companhias, seus respectivos acionistas, clientes e colaboradores”, diz o comunicado.
Antes mesmo da oferta da Stone ser concretizada, Linx e Totvs chegaram a negociar um negócio em conjunto, mas as conversas foram inconclusivas. A Linx possui, sozinha, 45,6% do mercado de software de gestão para varejo, de acordo com a International Data Corporation (IDC). Em 2013, ano que em abriu capital, a fatia era de 29%.
Por volta das 12h15 desta sexta-feira, as ações da Linx subiam 11,04%, para R$ 35,51. Os papéis da empresa acumulam uma alta de quase 30% nesta semana. As ações da Totvs, por sua vez, sobem pouco menos de 4%, para R$ 29.
Stone compra Linx por R$ 6,04 bilhões
A compra da Linx será realizada por meio de 90% do valor em dinheiro e 10% em ações. Segundo o “Brazil Journal”, o especialista em meios de pagamentos, Edson Santos, considera que a Stone e a Linx, juntas, têm “potencial de arrebentar o mercado”.
Na última terça-feira (11), a Lix havia dito que estava em tratativas finais para uma possível combinação de negócios com a Stone.
Todavia, a companhia de softwares para o varejo ressaltou, em fato relevante, que a fusão ainda se colocava como uma possibilidade. “Não há, neste momento, nenhum documento vinculativo assinado pela companhia a respeito dessa transação, e, portanto, não há garantia de que uma potencial operação seja concluída”, salientou o documento.
Naquele dia, com a divulgação do negócio, as ações das duas empresas decolaram. Por volta das 13h, quando o comunicado foi publicado no site da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), os papéis da Linx dispararam quase 33%, negociados a R$ 34,68; a Stone chegou a subir 14,3% na bolsa estadunidense.
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