Lighthizer: Tarifas não são suficientes para a China parar de trapacear
O representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, afirmou que as tarifas impostas por Donald Trump podem não ser suficientes para que a China mude. A declaração ocorreu na Comissão de Finanças do Senado nesta terça-feira (18).
As tarifas foram impostas sobre os produtos chineses como reflexo da guerra comercial entre os EUA e a China. Em maio, Washington decidiu aplicar um aumento de 25% das tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos.
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“Não sei se as tarifas, sozinhas, são suficientes para fazer eles [os chineses] pararem de trapacear. Acho que não temos outra opção. Eu sei o que não funciona, que é falar com eles”, afirmou Lighthizer.
Reunião do G20
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na tarde desta terça-feira que as negociações comerciais com a China serão retomadas. Trump se encontrará com Xi Jinping, presidente chinês, na cúpula do G20 que ocorrerá na próxima semana.
“Tivemos uma conversa telefônica muito boa com o presidente Xi da China. Vamos ter uma reunião prolongada na semana que vem no encontro do G20 no Japão. Nossas respectivas equipes iniciarão conversações antes de nossa reunião”, disse o presidente norte-americano em sua conta do Twitter.
A expectativa dos investidores é de que a guerra comercial diminua com o andamento das negociações entre os dois países.
Ameaça de impor mais tarifas
No início do mês de junho, o presidente Donald Trump ameaçou impor novas tarifas sobre os produtos chineses. De acordo com a declaração do presidente a imposição será de “ao menos” US$ 300 bilhões. Além disso, Trump acredita que a China e o México desejam fazer acordos com os Estados Unidos.
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“Nossas conversas com a China, muitas coisas interessantes estão acontecendo. Veremos o que ocorre… eu poderia aumentar ao menos outros US$ 300 bilhões, e o farei na hora certa”, disse Donald Trump.
Em resposta, o Ministério do Comércio chinês se manifestou afirmando que as relações entre as duas maiores economias do mundo tem sido benéfica para os EUA. Além disso, acrescentou que as afirmações sobre a China se aproveitando da relação é infundada.