A Light Serviços de Eletricidade, ou Sesa, subsidiária da Light S.A. (LIGT3), submeteu à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) pedido de análise prévia para registro da 22ª emissão de debêntures no valor total de R$ 850 milhões. Serão emitidas 850 mil debêntures com valor nominal unitário de R$ 1.000, em série única.
A realização da oferta e da emissão ainda aguarda aprovação do conselho de administração da Light Sesa. Conforme fato relevante divulgado pela empresa, a oferta poderá ser aumentada em até 20%, com as ações podendo ser emitidas até a data de conclusão do procedimento de Bookbuilding.
Light aprovou recentemente aumento de capital
Em janeiro, a Light realizou um follow on em que movimentou R$ 2,74 bilhões, precificando a R$ 20 por papel. Metade da oferta foi primária, com a companhia de energia elétrica colocando os recursos em caixa, e metade secundária, com a Cemig (CMIG4) vendendo toda a sua posição na empresa.
Na época, a Light informou que utilizaria os recursos captados com o follow-on para fortalecer e otimizar sua estrutura de capital, com redução do endividamento e melhorando sua posição de caixa.
Companhia vem diminuindo alavancagem
A Light vem, já há algum tempo, reformulando a sua dívida líquida. Ao longo de 2020, a despeito da crise do coronavírus, a companhia conseguiu diminuir os seus déficits, que foram de R$ 5,7 bilhões no final de 2019 para R$ 5,4 bilhões no final de 2020, e sua alavancagem (DL/Ebitda) de 2,4 vezes para 1,7 vez.
A Light Energia já possui caixa líquido de R$ 361 milhões, sendo que a dívida líquida da holding se concentra, justamente, na Sesa, que possui R$ 6 bilhões a pagar.
Até o final do ano, R$ 2,2 bilhões em dívidas da Light Sesa vencem. A companhia afirma que continuará improvisando sua liability management, ou sua gestão mais responsável.