A Light (LGIT3), em recuperação judicial, teve prejuízo líquido consolidado de R$ 304,3 milhões no primeiro trimestre deste ano.
O resultado reverteu completamente o lucro da Light de R$ 107,1 milhões anotado em igual período do ano passado.
De janeiro a março, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 294,4 milhões, queda de 45,3%.
Já a receita líquida ajustada foi de R$ 3,403 bilhões, montante 5,8% menor do que o observado um ano antes.
O prejuízo ajustado foi de R$ 393,4 milhões, impactado principalmente pela contabilização da provisão para a não recuperabilidade de créditos fiscais diferidos complementares de R$ 234,2 milhões. Também pesou a redução 63,0% do Ebitda da Light, que totalizou R$ 127,4 milhões.
A companhia informou, ainda, que as despesas com Pessoal, Material, Serviços de terceiros e Outros (PMSO) foi impactado em R$ 81,8 milhões, relativos à operação emergencial na Ilha do Governador.
Essa operação demandou o aluguel e abastecimento de 95 geradores, mobilização de pessoal e contratação de serviços de vigilância para garantir a segurança dos empregados e prevenir o furto de materiais. Excluindo o evento não recorrente o PMSO aumentou R$ 61,8 milhões no trimestre.
No segmento de geração e comercialização, a empresa teve lucro líquido de R$ 63 milhões, redução de 38,1% em base anual de comparação. Já o Ebitda ajustado somou R$ 172,4 milhões, queda de 14,6%.
Evolução da recuperação judicial da Light (LIGT3)
Segundo o relatório dos resultados do primeiro trimestre deste ano (1T24) da empresa, a recuperação judicial da Light passou por um acordo com grupo relevante de credores, nacionais e internacionais, acerca das condições comerciais para readequação da dívida, contribuindo com o processo que visa a aprovação do plano.
A Assembleia Geral dos Credores, iniciada em 25 de abril e suspensa a pedido de credores, será retomada no dia 29 de maio de 2024, às 14h.
Além disso, o trimestre foi marcado por eventos climáticos adversos na área de concessão da Companhia. Em janeiro, uma forte onda de calor com duração de 6 dias provocou sensação térmica de até 60ºC, gerando temporais e vendavais no início do ano.
“Estes eventos, somados aos reflexos dos desafios enfrentados pela contingência citada acima, impactaram os indicadores de qualidade no trimestre”, afirma a Light.
Com informações de Estadão Conteúdo.