Light (LIGT3) vira e fecha em alta na Bolsa, enquanto CVC (CVCB3) tem forte queda; saiba por quê
As ações da Light (LIGT3) fecharam em alta nesta segunda-feira (19), após o presidente da Light Sesa, a distribuidora da elétrica, renunciar ao seu cargo, conforme comunicado no sábado (17).
Perto das 14h, os papéis ordinários da companhia passaram a subir 0,43%, cotados a R$ 7,06. Encerraram a sessão no positivo: 1,14%, cotados a R$ 7,11.
Cotação LIGT3
Juntamente com a renúncia à presidência da distribuidora, o executivo Thiago Freire Guth renunciou ao cargo que tinha no Conselho de Administração da Light.
Segundo o comunicado da empresa, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Thiago seguirá em ambas as funções até o fim de junho.
A empresa ainda não comunicou quem irá substituí-lo interinamente, tampouco como funcionará a sucessão para ambos os cargos deixados.
Vale lembrar que Thiago ocupava a presidência da distribuidora deixada por Octavio Pereira Lopes há dois meses, em meados de abril, juntamente com a renúncia ao cargo de presidente da geradora.
Todavia, Lopes segue presidindo a holding que controla tanto a geradora quanto a distribuidora.
CVC lidera perdas no Ibovespa; veja motivos
No mesmo horário, as ações ordinárias da CVC (CVCB3) também caíam 3,56%, cotadas a R$ 4,34, com o mercado ainda repercutindo o pedido de registro para oferta pública primária de ações, protocolado pela operadora de viagens na última quinta-feira (15). Fecharam em queda de 5,11%, a R$ 4,27, liderando as baixas do dia.
A oferta, inicialmente, deve ser de 83 milhões de ações ordinárias.
Conforme o comunicado da CVC, a oferta de ações prevê 41,6 milhões de bônus de subscrição, como vantagem adicional. Ou seja, para cada duas ações que acionistas subscreverem durante a oferta, receberá um bônus de subscrição.
Caso ocorra um eventual excesso de demanda, o lote inicial pode ser dobrado, adicionando mais 83 milhões de ações CVCB3 na oferta.
Light: bilionário e ‘rei das crises’ virou acionista majoritário
Em meio ao recente pedido de recuperação judicial e o imbróglio com credores, a Light (LIGT3) acabou de ter sua estrutura de governança alterada.
Nelson Tanure agora possui 21,8% das ações da Light, ultrapassando o até então maior acionista da empresa, Ronaldo Cezar Coelho – que detém 20% do capital da empresa.
Tanure tinha 7% da empresa, passou para 10% ainda em maio, e logo aumentou a exposição para 15%, antes desta nova aquisição.
“Conforme a correspondência enviada, a WNT esclarece que a referida participação foi adquirida com o objetivo de aumentar a exposição dos fundos de investimento sob sua gestão, não havendo, contudo, qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia por parte dos fundos, exceto no que diz respeito ao manual de exercício de direito de voto da WNT”, diz o comunicado ao mercado da Light.
Segundo apuração do jornal Valor Econômico, o empresário tem intenção de capitalizar R$ 1 bilhão na empresa, permitindo um alongamento de dívidas, ou uma eventual conversão das mesmas em ações.
O movimento na Light segue a estratégia usual de Tanure de comprar ações de companhias em crise, como o ocorreu com a Oi (OIBR3) em meados de 2016 e com a Alliar (AALR3)