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Light (LIGT3): Tanure deve votar a favor de recuperação judicial em assembleia

Nelson Tanure Foto: Divulgação

Nelson Tanure - Foto: Divulgação

O investidor Nelson Tanure deve votar a favor do pedido de recuperação judicial da Light (LIGT3), no Rio de Janeiro, que será o tema da Assembleia de Acionistas da empresa nesta quarta (7).

O pedido de recuperação judicial da Light havia sido aceito pela justiça carioca em 15 de maio.

À Bloomberg, o investidor e empresário disse que procura “uma unidade completa de direcionamento para a empresa”.

Atualmente Tanure detém mais de 21% das ações da Light, ficando a frente de Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira, que detém cerca de 20% e 10%, respectivamente.

Tanure tinha 7% da empresa, passou para 10% ainda em maio, e logo aumentou a exposição para 15%, antes desta nova aquisição.

Segundo apuração do jornal Valor Econômico, o empresário tem intenção de capitalizar R$ 1 bilhão na empresa, permitindo um alongamento de dívidas, ou uma eventual conversão das mesmas em ações.

O movimento segue a estratégia usual de Tanure de comprar ações de companhias em crise, como o ocorreu com a Oi (OIBR3) em meados de 2016 e com a Alliar (AALR3).

Entenda recuperação judicial da Light

A companhia, ainda em maio, pediu sua recuperação judicial oficialmente.

Com um risco de crédito após o caso Americanas (AMER3) – e com um acionista em comum com a varejista – e uma dívida de R$ 11 bilhões, investidores já aguardavam uma decisão análoga por parte da empresa.

O pedido de recuperação judicial da Light foi ajuizado perante a 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a Light, a decisão foi a melhor encontrada pela gestão, que busca “equacionamento de obrigações financeiras próprias”.

A recuperação judicial compreende dívidas e obrigações financeiras na casa dos R$ 11 bilhões. Para efeito de comparação, o valor de mercado da Light é de R$ 1,73 bilhão, conforme dados atualizados pelo Status Invest.

Dessa cifra, cerca de R$ 7 bilhões estão com detentores de debêntures e aproximadamente R$ 3,1 bilhões em títulos de dívida no exterior (bonds).

Em ocasiões anteriores, a Light já havia pedido proteção judicial diversas vezes, recebendo decisões favoráveis dos tribunais em meio a uma briga com credores e acionistas.

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