As ações da Light (LIGT3) se destacam negativamente no pregão desta terça (7), com quedas que chegaram a ser superiores a 10%. Segundo informações divulgadas nesta semana, existe a possibilidade de que a empresa entre em recuperação judicial nos próximos dias. Contudo, a empresa nega esse cenário.
Por volta das 13h do Ibovespa hoje, as ações da Light caem 9,3%, sendo negociadas ao preço de R$ 2,81.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, a Light registra neste mês uma queda de 19,08% na bolsa de valores. Nos últimos doze meses, as ações da Light caíram 73,10%.
As ações da Light despencaram na última semana após a Fitch, uma das maiores agências de risco do mundo, rebaixar drasticamente a classificação da companhia, de “BB-” para “CCC+”.
Light: Recuperação judicial à vista
Segundo informações do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, a empresa precisaria de um financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos. Assim, o pedido de recuperação judicial entrou no radar da companhia.
Responsável pela geração, distribuição, comercialização de energia elétrica na região metropolitana do Rio de Janeiro, a empresa reportou uma dívida líquida de R$ 8,7 bilhões no terceiro trimestre de 2022.
Na sua composição acionária, a Light conta com a presença de Ronaldo Cezar Coelho (20%) e Carlos Alberto Sicupira (10%), que também é acionista de referência da Americanas (AMER3).
Entre os acionistas da Light também estão presentes o fundo Samambaia Master FIA (20% do capital), o fundo Santander PB Fundo de Investimentos em Ações (10%) e a BlackRock (9,2%).
No contexto contábil atual, a dívida da Light representa cerca de três vezes o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa. Com isso, o valor de mercado da Light foi reduzido a R$ 1,22 bilhão.
Em nota enviada ao jornal O Estado de São Paulo, a Light negou que esteja na iminência de pedir recuperação judicial. Confira o posicionamento na íntegra:
Conforme já divulgado, a Light recentemente contratou a Laplace para assessorá-la na avaliação de estratégias financeiras que viabilizem a melhoria de sua estrutura de capital e de alternativas para tanto. Portanto, não procede a informação de que a Companhia estaria na iminência de pedir recuperação judicial.