Neste domingo (8), após a invasão em Brasília, que abrangeu o Congresso Nacional, Palácio do Planalto, e Supremo Tribunal Federal (STF), por parte de manifestantes bolsonaristas, líderes de países estrangeiros se manifestaram.
O presidente dos EUA Joe Biden disse que as manifestações dos extremistas em Brasília configuram um “ato ultrajante” e condenou “o atentado à democracia no Brasil”. Acrescentou: “As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada. Estou ansioso para continuar trabalhando com o presidente Lula.”
Após a invasão em Brasília, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, demonstrou sua “solidariedade a Lula e ao povo do Brasil”. O político declarou que “o fascismo decide atacar. As direitas não têm conseguido manter o pacto de não-violência. É hora urgente da reunião da OEA se ela quiser continuar vivendo como instituição e aplicar a carta democrática.”.
“Propusemos o fortalecimento do sistema interamericano de direitos humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos das mulheres, ambientais e coletivos, mas a resposta são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita”, continuou a postagem após a invasão em Brasília.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou que o governo do Brasil terá “todo o nosso respaldo perante este covarde e vil ataque à democracia”.
A chanceler de Boric, Antonia Urrejola, comentou que “O Chile rejeita a inaceitável ação antidemocrática que ataca os Três Poderes do Estado brasileiro. Estamos promovendo com outros países a convocação de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA para apoiar a democracia e o estado de direito no Brasil”.
Após a invasão em Brasília, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, comentou que “a democracia é o único sistema político que garante as liberdades e nos obriga a respeitar o veredicto popular”.
Segundo ele, “aqueles que tentam desrespeitar a vontade da maioria ameaçam a democracia e merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional”.
O presidente do Equador, Guilherme Lasso, condenou “as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra as instituições democráticas de Brasília, pois atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã”.
Depois da invasão em Brasília, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou “categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil”.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, chamou de “condenável e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores brasileiros incitados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos. Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo”.
Outro representante da América Latina que se posicionou contra a invasão em Brasília foi o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Ele condenou “veementemente os atos violentos e antidemocráticos que ocorrem no Brasil, com o objetivo de gerar o caos e desrespeitar a vontade popular manifestada com a eleição do Presidente Lula”.
Representantes de fora da América Latina também se manifestam após invasão em Brasília
Após a invasão de sedes dos Três Poderes, manifestações também foram observadas por representantes de fora da América Latina. O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, condenou “veementemente o assalto ao Congresso do Brasil” e solicitou “ao imediato retorno à normalidade democrática”.
O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, comentou que o bloco mantém “todo o apoio às instituições brasileiras” após a invasão em Brasília.
A Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil condenaram “os ataques às instituições democráticas e aos edifícios governamentais em Brasília. Invasões por indivíduos que não aceitam um resultado eleitoral violam a democracia de um país”.
Outro político internacional que se pronunciou após a invasão em Brasília foi o presidente da França, Emmanuel Macron. O representante francês comentou que “a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O Presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”.