O presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), Jay Clayton, se recusou a declarar a uma comissão do Congresso dos Estados Unidos se a moeda digital do Facebook, a libra, pode ser considerada um ativo. A declaração foi dada na primeira audiência (desde 2007) entre uma comissão do Congresso dos EUA e todos os diretores do SEC, além do presidente da instituição. A informação foi divulgada pela agência “Reuters”.
Na Comissão de Serviços Financeiros, juntamente com outros diretores do SEC, Clayton disse que apesar de não ter discutido com o Facebook o plano para a libra, ele mantém uma política de “portas abertas”.
Quando perguntado se acredita que a libra pode ser considerada um ativo financeiro, o presidente teria dito que “não está preparado para tomar uma decisão como esta”.
Ainda de acordo com Clayton: “Criptomoedas, apesar de terem benefícios, podem representar um grande risco, particularmente em casos onde, na forma, elas são o mesmo que ativos financeiros ou moedas, ou sistemas de pagamento, e não reguladas da mesma forma”.
Libra
O Facebook anunciou a libra em junho deste ano. Após o anúncio, a rede social informou que a moeda contaria com a participação de outras 27 empresas.
A lista de empresas parceiras da moeda digital inclui Visa, Mastercard, Uber e Spotify. Cada uma das empresas contribuirá com um investimento de US$ 10 milhões (cerca de R$ 40,6 milhões).
Por meio da libra, a companhia pretende desenvolver um serviço de pagamento online. A carteira digital, chamada Calibra, seria integrada aos serviços do Facebook, WhatsApp e Messenger.
Segundo a rede social, o objetivo da moeda é competir com bancos e reduzir custos de consumidores. Além disso, a companhia informou que pretende atingir pessoas que não possuem acesso às plataformas bancárias tradicionais.
No plano inicial, a libra estaria disponível a partir de 2020. No entanto, ainda não se sabe se o projeto acontecerá.