Leilão do 5G: TIM (TIMS3) e Telefônica (VIVT3) estão na disputa; Oi (OIBR3) fica de fora

Na briga pelo leilão do 5G, 15 grupos de empresas e consórcios já apresentaram propostas para participar, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quarta (27) .A disputa pela internet móvel de quinta geração irá muito além das gigantes Telefônica Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro, que já apresentaram suas propostas. Entre as grandes operadoras, a Oi (OIBR3) ficou de fora.

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A abertura dos envelopes com as ofertas para o leilão será em 4 de novembro. Por ora, ainda não foram tornados públicos quais os ativos visados para cada um dos grupos nem o valor dos lances. Nos próximos dias, a agência reguladora vai verificar se os proponentes estão devidamente habilitados a participar do leilão, ou seja, se apresentaram todas as garantias financeiras e documentos exigidos pelo edital.

A faixa de 3,5 Ghz – a mais visada para o 5G – oferecerá quatro lotes nacionais no leilão. Isso porque o certame foi desenhado numa época em que as quatro grandes teles atuavam no ramo. Mas, com a saída da Oi do setor móvel, sobrará um lote nacional à disposição de quem quiser se aventurar nesse mercado.

Por outro lado, há um desafio grande para novos entrantes. “Esse é um mercado altamente dominado. Para competir será necessário tirar cliente dos concorrentes, o que não é simples”, pondera o consultor e ex-presidente da Anatel, Juarez Quadros.

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“Um novo entrante vai ter que tomar cliente dos outros para se viabilizar financeiramente. E o edital é rigoroso ao exigir que se comprove a instalação da infraestrutura”, acrescenta Quadros, referindo-se ao risco elevado de se investir sem ter um retorno à altura.

Este será o maior leilão já realizado pela Anatel, podendo movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões são outorgas pelas faixas e R$ 39,1 bilhões, compromissos de investimentos na implementação das redes. As faixas leiloadas – 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ – servirão tanto para ativar o 5G quanto para ampliar o 4G.

O governo calcula que o 5G vai gerar US$ 1,2 trilhão em investimentos nos próximos 20 anos.

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A nova tecnologia promete velocidades até 20 vezes superiores às atuais, além de um tempo de resposta (latência) baixíssimo entre os dispositivos conectados. Isso vai permitir o desenvolvimento de novas aplicações, desde carros sem motorista até inovações na indústria, mineração e agricultura, entre outros setores.

Veja quem mais está na disputa no leilão do 5G

Além de operadoras regionais como Brisanet (BRIT3), Secomtel e Algar Telecom, foram confirmados também grupos ligados a grandes investidores, como o Pátria Investimentos.

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Participam ainda a Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática Ltda (Iniciativa 5G Brasil, consórcio de 421 provedores), NK 108 Empreendimento e Participações S/A (Highline do Brasil), e Winity II Telecom Ltda (ligado à gestora Pátria Investimentos).

Também estão no leilão do 5G Brasil Digital Telecomunicações Ltda, Cloud2u Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda, Consórcio 5G Sul, Fly Link Ltda, Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação Ltda e VDF Tecnologia da Informação Ltda.

(Com Agência Estado)

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Bruno Galvão

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