Lava Jato investiga possibilidade de propina da Odebrecht a ex-ministros do PT

A Polícia Federal (PF) deu início a 63ª fase da operação Lava Jato nesta quarta-feira (21). O principal objetivo da PF é concluir o mandado de prisão de ex-executivos da Odebrecht, como: Maurício Ferro e Nilton Serson. Além disso, há também o mandado de busca do ex-mandatário da Braskem, Bernardo Gradin.

A Lava Jato busca, também, descobrir a veracidade de suspeitas de pagamentos de executivos da Oderbrecht aos ex-ministros do Partido dos Trabalhadores: Guido Mantega e Antonio Palocci. Os pagamentos teriam sido feitos, supostamente, para edições das Medidas Provisórias 470 e 472, que privilegiavam empresas.

De acordo com o Ministério Público Federal, o ex-ministro Mantega teria aceitado o valor de R$ 50 milhões pelas mudanças. Tudo indica que a transação ocorreu através do setor de propinas da Odebrecht.

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As investigações da Lava Jato indicam que pelo menos 18 contratos advocatícios falsos foram feitos por Ferro e Serson entre 2005 e 2013. Com isso, o objetivo era ocultar o pagamentos de propinas.

Serson teria recebido R$ 78,1 milhões com os pagamentos. De acordo com o Ministério Público, um dos contratos era a respeito do crédito de IPI, a mesma circunstância pela qual aconteceram os crimes que estão sendo investigados pela PF.

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Contas de suspeitos da Lava Jato no exterior

A polícia acredita que os executivos investigados mantiveram contas no exterior para poder receber os montantes transferidos pela Odebrecht. As investigações também indicam que Nilton Serson tentou bloquear o acesso ao controle de repasses de propinas da Odebrecht, para que o MPF não pudesse ver os dados.

O procurador Antonio Carlos Welter disse, em comunicado, que a nova fase da Lava Jato tem como objetivo descobrir, a fundo, atos de lavagem de dinheiro e também encontrar os destinatários finais do capital.

“É importante seguir o dinheiro até se descobrir quem foram os beneficiários desses pagamentos ocultos gerenciados pelo diretor jurídico da empresa e possivelmente operacionalizados por um escritório de advocacia”, afirmou Welter sobre a Lava Jato.

Juliano Passaro

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