Lava Jato aponta lavagem de R$ 1,3 bilhão entre os cinco maiores bancos do Brasil

As recentes investigações da Operação Lava Jato indicaram que contas abertas nos cinco maiores bancos do Brasil foram utilizados como meio para lavagem de dinheiro.

De acordo com as apurações baseadas em duas fases da Lava Jato deste ano, pagamentos de propina passaram pelas cinco maiores instituições bancárias do País. São elas:

  • Bradesco: R$ 989,6 milhões
  • Banco do Brasil: R$ 200 milhões
  • Itaú Unibanco: R$ 94,5 milhões
  • Santander: R$ 19,5 milhões
  • Caixa Econômica Federal: R$ 4,1 milhões

O montante total, segundo apontado pelas investigações, é de R$ 1,3 bilhão. O aliciamento de funcionários dos bancos e falhas sistêmicas no processo de controle em operações suspeitas teriam possibilitado a utilização do sistema financeiro para as transações.

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Em decorrência dessas falhas, os investigadores da Lava Jato agora analisam se os grandes bancos envolvidos em fases da operação também são responsáveis pelos crimes praticados.

“O que está em apuração é se o banco adotou todas as cautelas devidas para evitar que funcionários fossem cooptados e valores fossem lavados ou se ele foi omisso”, afirmou o procurador da República Roberson Pozzobon, integrante da Lava Jato em Curitiba.

Operação Lava Jato investiga funcionários do Banco do Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou na última sexta-feira (27) a 66ª fase da Operação Lava Jato, nomeada como Alerta Mínimo. O Ministério Público Federal (MPF) está apurando a lavagem de dinheiro praticada por funcionários do Banco do Brasil (BBAS3).

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Os investigadores analisam se os funcionários e doleiros do BB beneficiaram empresas que tinham contrato com a Petrobras e precisavam de dinheiro em espécie para pagar propinas.

Ao todo, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo, capital, e um em Natal, Rio Grande do Norte. As buscas estão sendo feitas nas residências dos funcionários.

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“A produção de dinheiro em espécie, neste caso, envolvia trocas de cheques obtidos junto ao comércio da grande São Paulo e abertura de contas sem documentação necessária ou com falsificação de assinaturas em nome de empresas do ramo imobiliário”, informou a Polícia Federal sobre as investigações da Lava Jato.

Jader Lazarini

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