Latam suspende pagamento de dividendos de 2019
A Latam Airlines (NYSE: LTM) suspendeu a distribuição de dividendos correspondentes ao exercício de 2019, que estavam previsto para o dia 28 de maio de 2020.
De acordo com o comunicado da companhia aérea, o capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, proíbe empresas a distribuírem dividendos enquanto se concentram na renegociação de seus passivos.
“Implementamos uma série de medidas difíceis para mitigar o impacto dessa disrupção (impacto da pandemia do novo coronavírus) sem precedentes no setor, mas, no fim das contas, esse caminho é a melhor opção para estabelecemos as bases certas para o futuro do nosso grupo de companhias aéreas”, disse CEO da companhia, Roberto Alvo.
“Estamos olhando adiante, para um futuro pós-covid-19, e focados em transformar nosso grupo para que ele se adapte a uma nova e evolutiva maneira de voar, com a saúde e a segurança de seus passageiros e funcionários em primeiro lugar”, completou o executivo.
No entanto, o capítulo não impede que as empresas de leasing retomem suas aeronaves arrendadas à Latam.
Latam entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
A Latam entrou com um pedido de recuperação judicial, nos EUA, na última terça-feira (26). A medida foi tomada por conta da crise provocada pela pandemia de coronavírus no setor aéreo.
As operações no Brasil, assim como no Paraguai e na Argentina, não estão incluídas no processo de reorganização, de acordo com o comunicado.
Além disso, a companhia enviou uma solicitação à Justiça de Nova York para rejeitar o arrendamento de 21 aviões que estão com pagamentos em atraso.
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A companhia aérea informou que possui uma frota de 320 aviões, desses 213 arrendamento financeiro, enquanto 98 sob arrendamento operacional, os outros nove restantes são próprios. Dessa forma, o objetivo do pedido a corte norte-americana da Latam é cortar custos, no sentido de forçar o fim do acordo sobre aeronaves com os seus credores.
De acordo com a Latam, se a solicitação para a rejeição dos arrendamentos for aprovada na Justiça estadunidense, o grupo terá aeronaves e motores suficientes para operar seus negócios, ao mesmo tempo em que atende suas necessidades.