Possível fim das operações da Avianca gera preocupação na Latam

A companhia aérea Latam está preocupada com o risco da, também aérea, Avianca não manter suas operações até 7 de maio, data em que serão leiloados os ativos da companhia que passa por recuperação judicial.

A Latam se comprometeu a ficar com parte dos ativos da Avianca. No entanto, a Avianca passa por fortes impactos devido a inadimplência e a retomada de aeronaves pelas empresas de leasing, que geram um alto cancelamento de voos.

Nesta segunda-feira (15), a Avianca perdeu judicialmente mais de suas aeronaves. As arrendadoras PK e Celestial, ligadas à multinacional General Eletric, obtiveram as decisões para a retomadas de três e oitos aviões respectivamente.

Consequentemente, 254 voos foram cancelados (até sábado, 20) por conta da diminuição da frota.

Até o fim da próxima semana, a companhia aérea deve ter sua frota reduzida de 26 para cinco aeronaves, aumentando a apreensão da concorrente Latam, sobre a sequência dos trabalhos.

“Queremos que ela [Avianca] esteja operando quando o leilão ocorrer, mas vejo um risco, sim [da empresa para as operações]”, disso o presidente da Latam, Jerome Cadier.

Saiba mais: Avianca tem 254 voos cancelados após perder mais de 10 aviões

Riscos para a Latam

A Latam se comprometeu a adquirir ativos da Avianca. No entanto, os ativos serão sete Unidades Produtivas Independentes (UPIs), que são autorizações para pouso e decolagem (slots).

Porém, caso a empresa não esteja mais operando até a data do leilão, a transmissão desses certificados é inviabilizada.

Todas as UPIs foram impactadas pelos cancelamentos de voos, devido a perda de aeronaves. No entanto, não se sabe qual o número mínimo de aviões que a Avianca precisa ter para manter a operações desses ativos.

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A empresa terá de se manter operando até o final das vendas das UPIs, que não deve acontecer antes de junho, tendo em vista que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pede ao menos 30 dias para a análise.

Tanto a Latam quanto a Gol já investiram US$ 13 milhões na Avianca.

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Renan Bandeira

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