O presidente da Latam, Jerome Cadier, afirmou que nada muda para os passageiros, depois que a Latam Brasil entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na última quarta-feira (8). A declaração ocorreu nessa terça-feira (14) durante um debate promovido pela XP Investimentos no evento Expert XP.
Cadier salientou que querem dar tranquilidade ao passageiro “porque nada muda”. O executivo da Latam ainda explicou que “o que aconteceu com a Avianca no passado foi uma recuperação judicial no Brasil, que afetou a Avianca e não as demais empresas. Era muito centrado na operação dessa companhia”.
“Nesse ano, todas as companhias do Brasil e do mundo estão sofrendo com uma queda de receita violenta desde o mês de março. E nós entramos nessa crise muito saudáveis. A Latam não entrou com pedido de recuperação judicial no Brasil e, sim, nos EUA e isso traz garantia para operação futura enquanto negociamos”, acrescentou.
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Além disso, o presidente da companhia aérea comentou sobre a Medida Provisória (MP) 925 que dispões de medidas emergenciais para apoiar as companhias do setor, frente aos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo ele, a MP foi positiva para o passageiro visto que a companhia quer que o cliente volte a voar.
“As próprias companhias flexibilizaram a remarcação, as multas que existiam, hoje você pode comprar e remarcar”, destacou o executivo.
Contudo, o Cadier explicou que “essa medida é positiva para companhias aéreas, é verdade. Mas temos que relativizar. Aqui na América do Sul, em nenhum dos países os governos financiaram empresas aéreas, diferente dos EUA e Europa. Então, o nível de ajuda que as empresas receberam globalmente, é melhor. A medida é positiva para companhias, porque o momento é absolutamente crítico”.
Latam Brasil pede recuperação judicial nos EUA
A Latam Brasil apresentou na noite da última quarta-feira (8) um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Foi a primeira vez que uma empresa brasileira apresentou um pedido de ativação da lei americana de reestruturação de empresas e proteção dos credores, o chamado “Chapter 11“.
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A Latam já tinha apresentado pedido de recurso ao Chapter 11 no final de maio, mas somente no caso de sua holding, além de suas subsidiárias no Chile, Colômbia, Peru e Equador. Naquela ocasião, as operações no Brasil – que representam 50% do total do grupo e 14% das passividades – tinham ficado de fora do pedido.