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Latam entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos

Juiz nega ação de MP visando reconhecimento de recuperação judicial da Latam

Avião da Latam (foto: divulgação)

A Latam Airlines entrou com um pedido de recuperação judicial, nos Estados Unidos, na madrugada desta terça-feira (26). A medida foi tomada por conta da crise provocada pela pandemia de coronavírus (Covid-19) no setor aéreo.

“Diante dos efeitos da COVID-19 no setor mundial de aviação, esse processo de reorganização oferece à LATAM a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade”, informou a companhia em comunicado.


As operações no Brasil, assim como no Paraguai e na Argentina, não estão incluídas no processo de reorganização, de acordo com o comunicado da Latam. “A entidade da LATAM no Brasil está em discussão com o governo brasileiro sobre próximos passos e suporte financeiro às operações brasileiras”, informou a aérea.

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“O processo de reorganização financeira com base no Capítulo 11 é um amparo legal comprovado por meio da qual a LATAM e as referidas afiliadas terão a oportunidade de redimensionar suas operações para o novo ambiente da demanda e reorganizar seus balanços, permitindo que emerjam mais ágeis, resilientes e sustentáveis. A LATAM e suas afiliadas continuarão a voar durante todo o processo, conforme as condições permitirem”, comunicou a empresa.

Por meio do “Twitter”, a Latam Brasil anunciou que continuará voando enquanto se reorganiza “com base no Capítulo 11 dos EUA para navegar pelos impactos da COVID-19, transformando nosso negócio para adaptá-lo ao novo e evolutivo modo de voar, e garantir sustentabilidade no longo prazo”. Vale destacar que, no Brasil, a aérea está no top três das empresas do seu setor, junto a Gol e a Azul.

O CEO da Latam, Roberto Alvo, no comunicado da empresa, falou sobre o atual cenário, que levou a companhia a ter que tomar medidas mais drásticas.

“A LATAM entrou na pandemia de COVID-19 como um grupo de companhias aéreas saudável e lucrativo, mas circunstâncias excepcionais resultaram em um colapso na demanda global que não apenas levou a aviação a praticamente uma paralisação, mas também mudou o setor para o futuro próximo”, disse o executivo.

O presidente do Conselho de Administração da aérea, Ignacio Cueto, também falou sobre a medida e a crise no setor. “Diante da maior crise da história da aviação, o conselho aprovou esse caminho após analisar todas as alternativas disponíveis para garantir a sustentabilidade do grupo. No passado, nos adaptamos a novas realidades e por isso estamos confiantes de que a LATAM será capaz de ter sucesso no contexto pós-COVID-19 e continuar a servir a América Latina, conectando a região ao mundo”, afirmou o executivo.

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