Latam irá integrar dez A320 que estavam na frota da Avianca

A Latam irá integrar dez aviões do modelo Airbus A320-200 que estavam na frota da Avianca Brasil. As aeronaves pertencem a empresa de arrendamento Aircastle, sediada nos Estados Unidos.

Em nota, a Latam informou que as negociações com empresa americana estavam ocorrendo desde o início do ano. “As aeronaves vão operar nos mercados domésticos, principalmente no Brasil, considerando a eventual aquisição dos ativos (da Avianca) pela Latam Airlines Brasil”.

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Em relatório, a Arcastrle afirma que os modelos foram recuperados em abril. A previsão é que voltem a voar até junho.

De acordo com a Latam, as aeronaves que integravam a frota da Avianca estão em um centro de manutenção em São Carlos, interior paulista.

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Aircastle

Nos primeiros meses desse ano, a Aircastle possuía 259 aviões, com taxa de utilização no período de 94%, Nos últimos cinco anos, a média foi de 99%. As dificuldades da Avianca Brasil e da Jet Airways, companhia indiana que anunciou paralisação das operações em abril, contribuíram para a piora dos números.

“Esperamos que todas as aeronaves que estavam alugadas para Avianca e Jet Airways iniciem o retorno ao serviço até o terceiro trimestre. Dos 12 aviões em solo no fim do primeiro trimestre, dez eram os A320 que estavam com a Avianca”, disse o presidente da Aircastle, Michael Inglese.

Leilão da Avianca

As operações da Avianca Brasil. que está em recuperação judicial desde dezembro de 2018, devem ser leiloadas. Sete unidades produtivas isoladas (UPIs) serão concedidas.

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A Latam manifestou interesse pelo lote B, com slots (direitos de pousos e decolagens) em Guarulhos, Santos Dumont e Congonhas. O leilão está marcado para ocorrer no dia 7 de maio.

Azul confirma participação

A Azul voltou atrás de sua decisão, e agora poderá participar do leilão de ativos da Avianca Brasil

Em um primeiro momento a Azul tinha decidido ficar de fora da disputa para os ativos da Avianca. Entretanto, a empresa decidiu se habilitar para participar do leilão, mesmo sem confirmar se vai apresentar de fato uma oferta durante o evento.

O leilão da Avianca venderá seus ativos mais valiosos: as licença para pousos e decolagens (slots) em aeroportos. Entre os slots mais disputados estão aqueles da ponte aérea São Paulo-Rio.

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A Azul está disputando esses ativos com a Latam e Gol e pela tensão gerada acabou deixando a associação brasileira de empresas aéreas (Abear). A companhia aérea baseada em Campinas (SP) já emprestou R$ 51 milhões para a Avianca e informou no processo judicial que esta dívida está em atraso. Latam e Gol também tem créditos de dezenas de milhões de dólares com a Avianca.

Entenda a crise da Avianca

A Avianca é a quarta maior companhia aérea do Brasil e está em recuperação judicial desde dezembro 2018.

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Como reflexo da entrega dos aviões às empresas de leasing, a companhia aérea passará a operar cinco aviões nesta semana. A frota já chegou a 40 aeronaves em 2018.

Três empresas de leasing já pediram restituição de aviões por conta da falta de pagamento. No total, as empresas arrendaram 14 aeronaves para a companhia aérea, equivalente a 30% da frota em operação.

A companhia aérea tinha assegurado que nenhuma das operações seriam afetadas, mesmo com o processo de recuperação judicial. Entretanto, a Avianca Brasil demitiu 140 funcionários e cancelou diversos voos. Em dezembro do ano passado a companhia aérea devolveu duas aeronaves Airbus A330 para as empresas de arrendamento.

Por causa da falta de pagamento, os credores apresentaram recursos para a ANAC. A agência recebeu pedidos por retirar as aeronaves operadas pela empresa do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).

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Em caso de calote, as empresas donas das aeronaves podem pedir o cancelamento das matrículas dos aviões. Isso porque a falta de pagamento por parte da Avianca seria um descumprimento da Convenção da Cidade do Cabo.

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No começo de Janeiro, a ANAC anunciou o cancelamento de dez matrículas de aviões operados pela Avianca após pedido da GE Capital Aviation Services (Gecas), dona das aeronaves. A Gecas pedia para suspender o registro de dez aeronaves Airbus A320 usadas pela Avianca Brasil em operação de voos. A Gecas é uma empresa de leasing dona das aeronaves, com a qual a companhia aérea tinha um contrato para os 10 aviões.

Renan Dantas

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