A Latam Brasil informou nesta sexta-feira (31) que irá iniciar um processo de demissão em massa, de, no mínimo, 2,7 mil pilotos e comissários, volume equivalente a 38% do total de tripulantes, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
A companhia aérea anunciou a sua decisão após o fim das negociações junto aos trabalhadores. Os tripulantes rechaçaram nesta sexta-feira que o sindicato continue negociando com a Latam uma redução permanente de salários.
Conforme consulta feita pelo SNA, 79% dos comissários, 71% dos copilotos e 74% dos comandantes votaram contra a autorização.
Com isso, a companhia decidiu abrir um pedido de demissão voluntária (PDV) nesta sexta-feira até a próxima terça-feira, dia 4 de agosto. Depois desse período será iniciado o processo de desligamento.
“A Latam é a maior e mais antiga das três empresas que atuam no Brasil e remunera mais os tripulantes tanto em voos domésticos quanto em internacionais, por isso, a empresa tem a necessidade de equiparar-se às práticas do setor”, informou a empresa, em nota.
A aérea, atualmente em recuperação judicial, emprega cerca de 2.000 pilotos e 5.000 comissários. Segundo a companhia, os ajustes no cálculo da remuneração são necessários para equilibrar seus custos com os das concorrentes e, com isso, se antecipar a uma maior disputa no mercado.
Latam enfrenta período de turbulências
A Latam, bem como outras empresas do setor aéreo, tem enfrentado bastante dificuldade para garantir a sobrevivência em meio à pandemia do novo coronavírus.
A Latam Brasil entrou no início deste mês com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Mesmo antes disso, a o grupo Latam Airlines, que possui subsidiários no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos, já tinham entrado em no processo de reestruturação de dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falências em Nova York.