Lastlink aposta no gerenciamento de assinaturas para unir fãs e criadores

A startup mineira Lastlink, que ajuda influencers a gerenciarem suas comunidades de seguidores, tem crescido nos últimos meses não só com o aumento do público pagante que navega nas redes sociais, mas também a ampliação da variedade e quantidade dos conteúdos que são exclusivos a assinantes, como aulas de ginástica, dicas de investimento, entre outros.

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Para continuar crescendo, a empresa acredita em dar mais controle financeiro aos criadores de conteúdo e prestadores de serviços digitais. A principal vantagem da startup é a facilidade que oferece no gerenciamento de assinaturas e na monetização de conteúdo para os seus clientes.

Por 10% do valor da assinatura e mais uma taxa que varia de R$ 0,90 a R$ 2,28, conforme o método de pagamento, a Lastlink administra automaticamente quais são os assinantes que devem ter acesso aos conteúdos restritos.

Geralmente, o acesso é limitado por meio de convites a listas de transmissão, inclusão no grupo de amigos próximos, entrada em perfis exclusivos, grupos de conversa ou conteúdos pagos.

Funciona assim: ao clicar para se inscrever em conteúdos pagos, o usuário é direcionado para fazer o pagamento pela plataforma Lastlink. De lá, o serviço assume todo o trabalho de integração nas redes sociais: cadastro na lista de acesso, pagamentos futuros e até boicotar a assinatura caso o assinante se torne inadimplente.

O sistema funciona para Instagram, WhatsApp e Telegram.

‘Motor da Lastlink é a economia da paixão’

Segundo o CEO da Lastlink, Michel Ank, o motor da empresa é a chamada “economia da paixão”, mercado que busca aproximar fãs dos criadores de conteúdo, e criadores daquilo que eles amam fazer.

Entre os casos de sucesso, Ank destaca o caso do treinador Norton Mello, que dos mais de 600 mil seguidores do perfil aberto no Instagram, atinge cerca de 11 mil pessoas nos grupos exclusivos.

Por uma mensalidade, que varia entre R$ 29,90 a R$ 79,90, os seguidores participam de grupos dedicados a pessoas que desejam emagrecer, aumentar o condicionamento físico ou ganhar massa muscular com exercícios sem sair de casa.

Ank também destaca os exemplos do empreendedor Raphael Vivadoro, que dá dicas de marketing digital, e da influenciadora Letícia Castro. Juntos, Mello, Vivadoro e Castro têm uma audiência de 1,3 milhão de seguidores nos perfis abertos do Instagram.

Para o CEO da Lastlink, “muito influencer e muito criador de conteúdo às vezes têm muito potencial e não sabe do potencial dele porque ele espera que apareça alguém para ajudá-lo a construir esse nicho e esse produto”.

“Na Lastlink a gente é diferente das plataformas tradicionais porque o criador entrega o conteúdo onde ele já está. Ele pode começar a vender só no closed friends dele ou em um perfil fechado”, completou Ank, em entrevista ao SUNO Notícias,

Entre os principais clientes da plataforma, o CEO reforça a presença preponderante de perfis sobre economia e finanças pessoais, bem como de saúde e bem-estar, como personal trainers, professores de ioga e nutricionistas.

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Caminho à frente

Sobre a possibilidade de que as próprias plataformas desenvolvam e incorporem ferramentas de monetização similares às oferecidas pela Lastlink, aumentando assim a concorrência no setor, Ank defende que este cenário traria mais oportunidades que riscos. “O elefante é grande mas não é dono do circo”, rebateu.

Segundo o CEO da Lastlink, “sempre que isso acontece, elas [as empresas de redes sociais] trazem muitas oportunidades, porque desenvolvem o mercado para a gente e ainda não conseguem abraçar o todo”. “Por isso que eu vejo isso como uma oportunidade”, emendou.

No acumulado de 2021, a Lastlink afirma ter movimentado mais de R$ 36 milhões em valores pagos pelos assinantes, número que pode ficar próximo aos R$ 40 milhões até o fim de 2021. Em maio deste ano, a empresa recebeu um aporte de US$ 1,4 milhão (R$ 7,94 milhões em cifras atuais) após rodada de investimentos liderada pela venture capital Canary.

Para o futuro, Ank prevê avançar na plataforma própria de compartilhamento de conteúdo, bem como expandir a base de clientes e, para isso, disse que conta com a contratação de novos talentos que podem se inscrever para as vagas abertas no site da Lastlink. “A gente está com muita vaga aberta para novos talentos, principalmente nas áreas de Produtos e Tecnologia”, destacou.

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Pedro Caramuru

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