LafargeHolcim, maior fabricante de cimento do mundo, é mais uma multinacional a deixar o Brasil

A LafargeHolcim, maior fabricante de cimento do mundo, se prepara para encerrar suas atividades no Brasil e espera vender seus ativos no país, que valem cerca de US$ 1,5 bilhão – R$ 8,35 bilhões na cotação atual. As informações são da Bloomberg.

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O grupo franco-suíço tem operações em nove estados brasileiros. No Sudeste, a LafargeHolcim está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No Nordeste, a companhia tem plantas na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. No Centro-Oeste, ela está em Goiás. São, ao total, dez plantas industriais e 1.400 funcionários.

A movimentação da LafargeHolcim deixou especialistas da área surpreendidos. A venda de cimento no país nunca esteve tão alta, tendo crescido 11% em 2020, chegando a um recorde de 60,8 milhões de toneladas. Para 2021, a previsão do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) é que as vendas avancem 1%.

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Algumas companhias, inclusive, estão apostando alto no setor – como no caso da CSN Cimentos, que passou a operar de forma independente da controladora, a CSN (CSNA3), e que afirmou no começo de fevereiro que estuda fazer aportes para chegar mais forte a sua estreia na bolsa de valores, que deve acontecer ainda neste ano.

LafargeHolcim é mais uma multinacional a deixar Brasil

A saída da LafargeHolcim se soma a de outras multinacionais. Nos últimos meses, Sony, Ford, LG e Mercedes-Benz anunciaram que deixariam o país. Segundo comentários, as empresas estão preferindo ir para países com crescimento mais forte, uma vez que Brasil não apresenta perspectiva certa de crescimento no longo prazo, com reformas e privatizações travadas.

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Além disso, a LafargeHolcim vem também em uma movimentação de venda de ativos desde 2018, focada em reduzir os níveis de endividamento da companhia, já tendo se desfeito de plantas na Indonésia e na Malásia.

Para realizar o processo de desinvestimento no Brasil, a LafargeHolcim contratou o banco Itaú BBA.

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Vitor Azevedo

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