O Laboratório Teuto entrou, nesta segunda-feira (22), com o prospecto preliminar para realizar sua abertura inicial de capital (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia da indústria farmacêutica foi fundada em 1947 e trabalha principalmente com a produção de medicamentes genéricos e tem sua sede em Anápolis, em Goiás, apesar de ser originária de São Paulo e de ter passado por Minas Gerais.
A oferta inicial do Teuto será coordenada pelo Itaú BBA, que contará com a ajuda do Santander Brasil (SANB11), JPMorgan, Bradesco BBI, do Merrill Lynch e do Goldman Sachs.
O IPO contará tanto com a distribuição de ações primárias, com nova emissão de papéis por parte da empresa, quanto com a venda de papéis secundários, com acionistas vendendo fatias de suas partes na companhia.
Segundo o prospecto preliminar, o capital levantado pelo Teuto em sua oferta primária será utilizado para:
- reforçar o capital de giro
- investimentos em forças de vendas
- investimentos em pesquisa e desenvolvimento
- pagamento de dividendos
Ainda não foi definida a quantidade de ações que serão vendidas, mas os papéis devem ser listados em balcão não organizado de acordo com o regulamento do Novo Mercado da B3.
Todos os sócios da Teuto venderão parte de suas fatias
Atualmente, o quadro societário do Laboratório Teuto é formado pela família Melo, que contabiliza um total de 95,48% das ações, separada em quatro indivíduos, cada um com cerca de 9%, e o restante e no espólio de Walterci de Melo, fundador da companhia. Além disso, Marcelo Leite Henriques possui os outros 4,50% que completam a totalidade das ações.
Todos os acionistas venderão parte de suas fatias, apesar de ainda estar indefinido o total do qual cada um irá se desfazer. O prospecto preliminar permite ainda a implementação de um lote suplementar de até 20% do número de ações inicialmente ofertadas, se a procura for suficiente para isso e se for de acordo do grupo.
Em 31 de dezembro de 2020, o Laboratório Teuto tinha um capitalização de cerca de R$ 966,6 milhões, divididos em um patrimônio líquido de R$ 543,2 milhões, R$ 221 milhões em empréstimos e financiamentos circulantes e R$ 201,5 milhões em empréstimos e financiamentos não circulantes.
Em 2020, a Teuto teve uma receita operacional líquida de pouco mais de R$ 1 bilhão, crescendo na comparação com 2019, quando esse número foi de R$ 966 milhões. O lucro líquido da companhia foi de R$ 143,9,2 milhões, também crescendo na base anual.