A empresa Kraft Heinz divulgou nesta terça-feira (02) a venda de seu negócio de queijos naturais para a Parmalat. O valor pago pela companhia italiana será de US$ 1,21 bilhão, equivalente a cerca de R$ 4,65 bilhões.
Na negociação entre as duas empresas, a Kraft Heinz transferiu cerca de 400 trabalhadores para a Parmalat. Além disso, a companhia norte-americana vendeu uma de suas unidades de produção em Ontário, no Canadá.
Conforme informado pela Heinz, as marcas de queijo canadenses aMOOza!, P’tit Québec e Cracker Barrel estão inclusas na venda.
A empresa comunicou também que pretende vender outras marcas de produtos derivados do leite. Assim, negociando marcas como a Philadelphia, Cheez Whiz e Kraft Singles, por exemplo.
Crise na Kraft Heinz
A gigante norte-americana, no entanto, vem apresentando resultados desagradáveis. Em 2018, a empresa apresentou receita de US$ 26,2 bilhões. O resultado ficou praticamente estável em comparação com 2017.
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Porém, o grupo apresentou um prejuízo líquido de U$ 10,3 bilhões, um resultado decepcionante em comparação com o lucro de U$ 8 bi no ano anterior.
Com expectativa de melhorar o resultado, a empresa anunciou a troca do comando mundial em abril deste ano. O novo CEO da companhia é o executivo Miguel Patricio. Antes, o brasileiro Bernardo Hees ocupava o cargo.
As ações do grupo estão registrando queda há cerca de um ano no mercado de Nova York. Nesta terça-feira, as ações da empresa estão negociando a R$ 117,90. Entretanto, no dia 2 de julho de 2018, as ações estavam cotadas em R$ 240,71.
Investigações sobre os resultados financeiros
Em maio deste ano, foi divulgado que a companhia norte-americana terá que reapresentar os resultados financeiros de 2016 e 2017.
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Isso ocorreu porque a investigação interna no departamento de compras da empresa apontou distorções nos balanços. Além disso, a companhia terá que revisar os números dos trimestres fiscais de 2018, terminados em 29 de setembro.
Segundo a investigação interna, houve desvio de conduta de vários funcionários Kraft Heinz. Contudo, não foi comprovado o envolvimento de executivos de altos escalão.