Kraft Heinz troca CEO após resultados financeiros decepcionarem
O português Miguel Patrício será o novo CEO da Kraft Heinz. A empresa anunciou a troca do comando mundial nesta segunda-feira (22), depois que os resultados financeiros ficaram abaixo do esperado. O executivo brasileiro, Bernardo Hees, atual no cargo, deixa o posto até dia 30 de junho.
A ideia do novo comando é trazer uma “virada” nos negócios da companhia. Patrício afirma que a mudança na Kraft Heinz apenas vai seguir as transformações que acontecem comumente na indústria de alimentos.
Com o anúncio da mudança de comando, as ações da Kraft Heinz subiam 2% na abertura do mercado na Nasdaq.
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Resultados abaixo do esperado
O resultado de 2018 da Kraft Heinz ficou praticamente estável em comparação com 2017. A receita da empresa foi de US$ 26,2 bilhões.
Entretanto, o grupo apresentou um prejuízo líquido de U$ 10,3 bilhões, um resultado decepcionante em comparação com o lucro de U$ 8 bi no ano anterior.
Os papéis da Kraft Heinz já acumulam uma queda de 23% em 2019. O valor de mercado do grupo atualmente é menos da metade do registrado quando foi criado.
Alguns fatores que derrubaram o valor de mercado e as ações da Kraft Heinz foram:
- uma investigação pela SEC sobre práticas de contabilidade;
- a redução de 36% no pagamento de dividendos;
- e a perda de US$ 15 bilhões com aquisições mal calculadas.
Reverter o resultado
Com a proposta de reverter o resultado de 2018 da Kraft Heinz, Miguel Patrício carrega experiências em marcas como Jonhson & Jonhson, Coca Cola e Ambev. Patrício afirma que a estratégia será o fortalecimento de marcas como Heinz, Philadelphia, Planters e Kero.
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O executivo português reconhece o momento delicado financeiramente da Kraft Heinz, mas garante que buscará entender e transformar os números do grupo. Patrício afirmou que o conselho de administração votou em unanimidade pela escolha do seu nome para o cargo.
Bernardo Hees assumiu o comando da Kraft Heinz em julho de 2013. Antes, ele era presidente da rede Burger King, que pertence à 3G. O executivo brasileiro voltará para a 3G após 6 anosà frente da Hraft Heinz.
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