Em relatório, o Itaú BBA destacou que no setor de papel e celulose a Klabin (KLBN11) deve reportar menor Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na base sequencial no 3T23, prejudicado pela divisão de papel e embalagem, enquanto os resultados da Suzano (SUZB3) provavelmente sofrerão com um declínio trimestral nos preços e volumes de celulose.
No caso da Klabin, o Itaú BBA espera que a companhia reporte resultados sequencialmente mais fracos no 3T23, com Ebitda de R$ 1,3 bilhão (queda de 6% na base trimestral e de 45% na base anual).
“Na divisão de celulose, espera-se que volumes maiores e custos mais baixos de uma base fraca no 2T23 mais do que compensem uma queda sequencial nos preços realizados”, pontuou.
Para a unidade da Klabin, o Itaú estima uma queda de aproximadamente 16% nos preços médios realizados de celulose em dólares no trimestre, além de uma redução sequencial de 20% no custo caixa por tonelada, “devido à maior diluição de custos fixos e menores custos de manutenção”.
Na divisão de Papel e Embalagem da Klabin, o banco também espera resultados mais fracos no trimestre, “com maiores volumes consolidados mais do que compensados por preços mais baixos e custos mais elevados”. Para a unidade, o banco prevê embarques de 529 mil toneladas no 3T23, aumento de 1% na comparação trimestral, mas queda de 12% na base anual devido a menores embarques de kraftliner e papelão.
No consolidado, o Itaú espera que a receita líquida da Klabin chegue a R$ 4,2 bilhões no terceiro trimestre, queda de 0,3% na base trimestre e de 22% na base anual.
O banco tem recomendação ‘market perform’ para as ações da Klabin, com preço-alvo a R$ 24.
Já em relação à Suzano, o Itaú projeta resultados sequencialmente mais fracos no 3T23, com Ebitda consolidado de R$ 3,3 bilhões (queda de 16% na base trimestral e 62% na base anual).
“Os resultados de celulose provavelmente mostrarão um declínio sequencial em volumes e preços mais baixos. Esperamos resultados de papel sequencialmente mais fortes”, pontuou.
Já os embarques consolidados de celulose deverão chegar a quase 2,4 milhões de toneladas, queda de 5% no trimestre – refletindo a decisão da Suzano de reduzir a produção no segundo semestre de 2023 – enquanto o preço médio realizado da celulose deverá atingir US$ 525 por tonelada, queda de US$ 46 por tonelada em relação ao trimestre anterior.
“Prevemos uma queda de 3% no trimestre no custo caixa da produção de celulose (excluindo paradas) para R$ 895 por tonelada. O Ebitda da divisão Celulose deverá chegar a R$ 2,4 bilhões, queda de 24% no trimestre e de 68% no comparativo anual”.
Segundo as projeções do Itaú BBA, as vendas de papel deverão atingir 331 mil toneladas, aumento de 13% em relação ao trimestre anterior e estável em relação ao mesmo período do ano anterior. “Prevemos uma queda sequencial nos preços realizados de papel em reais para o mercado externo no 3T23″.
Para a unidade de papel, a instituição projeta Ebitda de R$ 846 milhões no período, aumento de 16% frente aos três meses anteriores, mas queda de 9% na base anual.
O banco tem recomendação ‘outperform’ (equivalente a compra) para as ações da Suzano, com preço-alvo a R$ 56.
Nesta quinta (5) os papéis da Klabin caem 1,55%, a R$ 23,51. Já as ações da Suzano cedem 0.31%, a R$ 54,83.
Cotação KLBN11