Klabin (KLBN11): banco rebaixa empresa e corta preço-alvo após dados do 4T22
O BB Investimentos rebaixou a recomendação da Klabin (KLBN11) para “neutra” e o preço-alvo caiu de R$ 30 para R$ 24. Os analistas atualizaram a recomendação após a Klabin divulgar seus resultados do 4T22.
Os analistas viram os números como robustos, mas notaram sinais de arrefecimento da demanda e queda na rentabilidade.
A visão do BB Investimentos é de que os próximos resultados da Klabin ainda serão satisfatórios, considerando suas vantagens competitivas, como sua posição de liderança, a elevada competitividade de custos, a diversificação de fibras e a exposição a mercados resilientes.
Entretanto, os indicadores também devem começar a refletir os efeitos da queda de preços de celulose e continuarão se afastando dos números recordes apresentados pela empresa ao longo de 2022.
“Como efeito das preocupações mencionadas, as ações das empresas do setor poderão apresentar volatilidade mais elevada no curto prazo e passar por novas correções ao longo do ano”, completam.
Portanto, com essas preocupações, os analistas optaram por rebaixar a recomendação das units da Klabin, mas comentam que o ativo está sendo negociado com 24% de desconto sobre seu múltiplo histórico.
Klabin (KLBN11) teve trimestre fraco, mas BBA recomenda compra; entenda
Em análise sobre os números da Klabin (KLBN11), o Itaú BBA destacou que sua visão é neutra e que viu os números do quarto trimestre de 2022 (4T22) como “sequencialmente fracos”.
Apesar disso, a recomendação ainda é de compra para as ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 24 ante uma cotação de R$ 19 por unit.
“A Klabin mostrou resultados sequencialmente mais fracos no 4T22, com EBITDA consolidado ajustado de R$ 1,9 bilhão (queda de 18% no trimestre, mas alta de 1% na comparação anual, contra nossa estimativa de R$ 1,87 bilhão). O EBITDA de celulose atingiu R$ 1 bilhão (queda de 10% no trimestre), com menores volumes e menores preços de celulose realizados mais do que compensando uma queda nos custos”, analisam os especialistas do Itaú BBA.
Em Celulose, o BBA destaca os preços mais baixos, com um volume de 374 mil toneladas – número menor do que as expectativas por conta das intervenções operacionais em Puma I.
“O preço médio realizado da celulose da Klabin caiu 1% no trimestre, para US$ 925 por tonelada. Os custos de caixa com celulose melhoraram no trimestre, caindo para R$ 1.338 tonelada, principalmente pelo menor custo da madeira em função da menor presença da madeira de terceiros no mix de produção da empresa”, aponta o BBA.
No total, o EBITDA da divisão de celulose foi de R$ 1,08 bilhão.
Para o segmento de papel, o BBA aponta que o resultado veio mais fraco em relação ao trimestre anterior mas ainda se mostra forte na base anual.
“A receita líquida de papel veio em R$ 1,5 bilhão (queda de 8% no trimestre, mas alta de 8% no ano), com resultados trimestrais mais fracos prejudicados por volumes de papel e preços mais fracos de papel kraftliner. Os preços do kraftliner caíram 6% no trimestre, impulsionando preços médios de papel realizados que caíram 2% no trimestre no 4T22″, conclui a casa.
Cotação
As units da Klabin caíram 0,36 nesta terça-feira (8), cotadas a R$ 19,23.