A Klabin (KLBN11) informou, na manhã desta segunda-feira (30), que irá propor aos seus acionistas, na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 4 de janeiro de 2021, a incorporação da subsidiária Riohold Papel e Celulose. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante.
Segundo o comunicado, “a incorporação tem o objetivo de promovera integração plena das unidades de Paulínia, Suzano, Franco da Rocha, Rio Verde e Manaus, adquiridas da International Paper Brasil Ltda., aos sistemas de gerenciamento de operações da Klabin”. Além disso, a companhia pretende racionalizar a estrutura societária de exploração dos ativos em questão, visando ganhos de eficiência administrativa, financeira e operacional no desenvolvimento das atividades dessas plantas.
A Riohold é uma subsidiária integral da Kalbin que será, na data da incorporação, titular de parte dos ativos adquiridos da International Paper do Brasil. A operação fará com que a Riohold seja extinta e sucedida pela Klabin, integrando seus ativos aos sistemas de gerenciamento de operações da empresa.
De acordo com o fato relevante, os custos e despesas da operação ficarão em R$ 282 mil, sendo R$ 240 mil em custos relacionados à contratação de assessores legais, contábeis e financeiros, enquanto o restante, R$ 42 mil, será destinado para custos com publicações e outros.
Klabin tem prejuízo de R$ R$ 191 milhões no terceiro trimestre
A Klabin registrou um prejuízo de R$ 191 milhões no terceiro trimestre de 2020. A fabricante de celulose reverteu o lucro líquido de R$ 207,4 milhões registrado no mesmo período no ano passado.
A receita líquida teve crescimento de 25%, em comparação anualizada, alcançando R$ 3,1 bilhões. O volume de vendas totalizou 910 mil toneladas, alta de 14%, devido a diversificação de produtos. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,23 bilhões, queda de 12% na comparação anual.
Apesar da variação cambial aumentar a dívida da fabricante, a desvalorização do real impactou positivamente a receita líquida, “beneficiando as exportações da Klabin e as vendas de celulose cujo receita é 100% atrelada ao dólar, inclusive o mercado doméstico”, conforme diz o balanço da companhia.