Klabin (KLBN11) aprova novo pagamento trimestral de dividendos
A Klabin (KLBN11) informou que aprovou uma nova política de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
A nova política estabelece diretrizes para a distribuição de proventos, o que inclui o pagamento trimestral de dividendos da Klabin.
Agora, os acionistas da empresa têm direito a um dividendo obrigatório que corresponde a 25% do lucro líquido ajustado. Para viabilizar os pagamentos trimestrais de dividendos e JCP, a companhia deverá distribuir entre 10% e 20% do Ebitda ajustado, considerando variáveis como desempenho, situação financeira e projeções de mercado.
Além disso, a KLBN11 firmou um acordo com uma Timber Investment Management Organization (TIMO), um veículo de investimento criado por investidores institucionais para atuar no setor florestal, visando a exploração de florestas nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina (Projeto Plateau).
Para viabilizar a parceria, foram estabelecidas quatro Sociedades de Propósito Específico (SPEs), que serão controladas pela Klabin e compostas principalmente por ativos florestais do Projeto Caetê.
Além disso, a Klabin aportará 23 mil hectares de florestas plantadas e 4 mil hectares de terras produtivas, enquanto a TIMO contribuirá com R$ 1,8 bilhão em caixa, sendo a primeira parcela paga no fechamento do Projeto Plateau, e o restante previsto para o segundo trimestre de 2025.
Segundo comunicado, a TIMO poderá fazer aportes adicionais nas SPEs até o segundo trimestre de 2025, no valor agregado de até R$ 900 milhões, com todos os investimentos sujeitos a ajustes nos termos dos acordos.
Em relatório, o Itaú BBA destaca que o acordo permite à Klabin adquirir a madeira produzida pelas SPEs, preservando as sinergias de custos e investimentos do Projeto Caetê, e também dá à companhia o direito de comprar ações e/ou ativos das SPEs.
A casa enxerga a operação como positiva por antecipar os ganhos com a monetização das terras excedentes do Projeto Caetê, algo que havia sido projetado somente para 2028. Além disso, segundo os analistas, o acordo fortalece o modelo “asset-light” da Klabin, facilitando o aumento do Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) acima do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC).
Com a operação, diz o BBA, espera-se que a relação dívida líquida/EBITDA da Klabin diminua cerca de 0,3x, alcançando 2,9x (em USD) no balanço proforma do 2T24.
A casa tem recomendação outperform (compra) para as ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 26.
Por volta das 10h30 desta quarta-feira (30), a Klabin apresentava alta de 0,83% no Ibovespa, cotada a R$ 20,73.