A Klabin (KLBN11) informou ao mercado que concluiu a aquisição do negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado, localizado no Brasil, da International Paper (IP). O negócio, avaliado em R$ 330 milhões, foi anunciado em março deste ano e aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no mês passado.
Do total de R$ 330 milhões, cerca de R$ 280 milhões foram pagos no fechamento da operação e os outros R$ 50 milhões serão pagos depois de um ano. O pagamento será feito com os recursos próprios da Klabin.
As unidades de papéis para embalagens da IP que estão inclusas na transação tem capacidade total de 310 mil toneladas por ano.
Klabin registra prejuízo líquido de R$ 383 milhões no 2T20
A Klabin teve um prejuízo líquido de R$ 383 milhões no segundo trimestre de 2020. No mesmo período do ano anterior, a empresa havia registrado lucro de R$ 72 milhões.
O prejuízo líquido atribuído aos controladores da Klabin foi de R$ 438,1 milhões. No mesmo período do ano passado, a empresa registrou lucro de R$ 70,2 milhões. O volume de vendas da Klabin registrou crescimento, de 5%, no período, para 858 mil toneladas. A receita líquida avançou 14%, alcançando quase R$ 2,99 bilhões.
O resultado, segundo a Klabin, foi afetado pelo resultado financeiro, que ficou negativo em R$ 1,4 bilhão, um aumento de 312% em comparação ao prejuízo do mesmo período do ano anterior, com a forte depreciação cambial.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Klabin ficou em R$ 1,3 bilhão no trimestre encerrado em junho. O valor representa uma alta de 39% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado.
A companhia atribuiu o resultado operacional ao aumento do volume de vendas, disciplina de custos e também a depreciação cambial. A margem Ebitda avançou 8%, para 45%. A alavancagem financeira, que é medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, saiu de um crescimento de três vezes no final de junho do ano passado para 4,4 vezes no 2T20.
O endividamento líquido consolidado da Klabin ao final do segundo trimestre ficou em R$ 20,8 bilhões. O valor representa uma alta de R$ 424 milhões em relação ao mesmo período de 2019. A empresa destacou que há um impacto negativo da variação cambial sobre a dívida em dólar que influenciou negativamente este quesito.