Analistas do Credit Suisse ao BTG Pactual estão de olho na Klabin. A fabricante de papel ficou de fora de acordo de US$ 10 bilhões entre os seus dois maiores concorrentes, a Suzano e a Fibria.
A Klabin parece ter ignorado a forte recessão pela qual atravessou o país nos últimos anos. Manteve um crescimento consistente e registrou crescimento em seu EBITDA mesmo assim.
No entanto, Suzano e Fibria, duas gigantes que decidiram se fundir, subiram em 40% este ano. Enquanto isso, a Klabin recuou 5%. Conforme publicado pela Exame, Adeodato Volpi Netto, chefe de mercado de capitais da Eleven Financial Research, diz que o fraco desempenho se deu porque investidores correram para comprar a Suzano. Esse acordo vai criar o maior fornecedor mundial de celulose e deve ser fechado no próximo mês.
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O Credit Suisse elevou a Klabin para compra na semana passada. Citou seu valuation atrativo e disse que a empresa, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, é uma boa maneira de surfar o bom momento da indústria. O banco suíço de investimento também considera a recuperação econômica pela qual pode passar o País no próximo ano.
Karel Luketic, analista da XP Investmentos, disse à Exame que a eleição de Jair Bolsonaro, com uma agenda pró-mercado, foi um golpe para as empresas de papel e celulose. Isso aconteceu porque, segundo ele, os investidores se posicionaram defensivamente em favor de apostas mais arriscadas no mercado.
“A Klabin é um negócio resiliente. Sofre menos que os outros em uma recessão, mas também se beneficia menos quando a economia se recupera”, disse ele.
A ação da Klabin tem 10 recomendações de compra, três de manutenção e nenhuma de venda. Situação bem melhor do que estava há seis meses. No meio do ano, as ações tinham cinco recomendações de compra e sete de manutenção.