A Klabin (KLBN11) deverá entrar nos mercados de carbono e de serviços ambientais. De acordo com o jornal “Valor Econômico” neste sábado (21), a companhia poderá vender créditos deste mercado, quando houver regulamentação, ou em transações bilaterais com outras empresas.
A Klabin possui, atualmente, um estoque de cerca de 4,7 milhões de toneladas de carbono equivalente. Segundo a publicação, o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da companhia, Francisco Razzolini, afirmou que já há negociações privadas em andamento, mas ainda faltam acertos acerca do preço, por exemplo.
Há companhias que precisam comprar créditos de carbono para compensar emissões de poluentes e, por isso, poderiam recorrer a empresa brasileira de papel e celulose nesse mercado. A Klabin é estreante e única indústria brasileira no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) neste ano.
Esse mercado deve crescer graças ao Pacto Global do clima, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2016, que prevê que empresas adotem uma agenda de sustentabilidade até 2030.
Itaú, BB, Klabin e outras brasileiras estão no Índice Dow Jones de Sustentabilidade
Nove empresas brasileiras anunciaram que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI, sigla em inglês). A seleção para a composição do índice baseia-se na avaliação de melhores práticas em sustentabilidade, considerando temas como governança corporativa, gestão ambiental e desenvolvimento do capital humano (ESG).
Foram selecionadas para participarem do índice da Dow Jones: Klabin (KLBN4), Suzano (SUZB3), Grupo Fleury (FLRY3), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e a Itaúsa (ITSA4). É válido lembrar que os dois bancos já estavam em anos anteriores e apenas permaneceram na listagem.
De acordo com o fato relevante do Itaú, a instituição financeira está há 21 anos participando do índice. Portanto, desde a criação do indicador em 1999. Por sua vez, a controladora do banco, a Itaúsa, está na lista há 17 edições. O BB está na lista desde 2013.
O índice avalia as empresas com as melhores performances em cada um dos 24 setores analisados. Dessa forma, Klabin e Suzano farão parte do índice no setor de produtos florestais e papel.
A Klabin afirmou que esse reconhecimento é um marco em sua história. “Ao compor o índice, a companhia, líder global em sustentabilidade, confirma o seu propósito de contribuir para a construção de uma economia sustentável”, destacou a empresa.