Kim Jong-Un estaria em estado de saúde grave, diz imprensa sul-coreana
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, estaria em estado grave após uma cirurgia cardiovascular. A informação foi divulgada na noite desta segunda-feira (20) pela imprensa sul-coreana.
Segundo a rede norte-americana NBC News Kim Jong-Un estaria em estado de morte cerebral após a operação cirúrgica.
A saúde de Kim Jong-Un estaria fortemente debilitada por causa do fumo, obesidade e “sobrecarga de trabalho”, segundo o site de informação Daily NK, mantido por exilados norte-coreanos.
O site informou que o ditador estaria se recuperando em uma casa de campo no distrito de Hyangsan, no Monte Kumgang, na costa leste da Coreia do Norte.
Por sua vez, um funcionário da Casa Branca teria conversado com a rede de TV norte-americana CNN, o Kim Jong-Un estaria em “grave perigo” após o procedimento cirúrgico.
Kim Jong-Un não aparecia em público há dez dias
O ditador não participou das tradicionais celebrações do dia 15 de abril, quando é comemorado seu avo, Kim Jong-Il, fundador do estado norte-coreano, morto em 1994. A última vez que foi visto em público foi no dia 11 de abril. Desde então, há boatos sobre seu estado de saúde.
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O governo da Coreia do Norte não se manifestou sobre a notícia, nem forneceu informações sobre eventuais problemas cardiovasculares do ditador. Também o governo sul-coreano, através do Ministério da Unificação da Coréia do Sul, se recusou a comentar o assunto.
Kim Jong-Un governa o país mais fechado do mundo desde 2011, quando seu pai, Kim Jong-il faleceu. O ditador foi responsável do rápido desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano, iniciado por seus antecessores.
O ditador chegou a provocar várias escaladas de tensão com os Estados Unidos, utilizando foguetes de longo alcance atirados contra as águas territoriais japonesas e até com um acidente com unidades navais sul-coreanas.
Entretanto, Kim Jong-Un também aceitou encontrar três vezes o presidente dos EUA, Donald Trump, em Cingapura, em Hanoi, no Vietnam, e também na Coreia entre 2018 e 2019, iniciando uma política de distensão.
A eventual morte de Kim Jong-Un poderia desencadear uma luta para a sucessão na Coreia do Norte. A irmã do ditador, Kim Yo-jong, seria a sucessora natural. Mas líderes militares também poderiam aproveitar do momento e tentar uma tomada do poder.