Eletrobras (ELET3): Não é hora de impor tarifa cara, diz Kátia Abreu sobre privatização
A senadora Kátia Abreu (PP-AL) se posicionou contra a votação da Medida Provisória da Eletrobras (ELET3), já aprovada na Câmara e em tramitação no Senado. O texto precisa ser aprovado até 22 de junho para não perder validade.
“Aprovar a MP da Eletrobras só se eu estiver doida e morta. Não há possibilidade”, afirmou a senadora. “Nem conhecemos sequer o relatório, e as reformas estruturantes para o Brasil voltar a crescer? Cadê a reforma administrativa e a reforma tributária? Vamos falar de privatização da Eletrobras? É brincadeira, sinceramente, é o carro passando adiante dos bois.”
A senadora disse que a privatização da Eletrobras vai resultar em aumento nas contas de luz, já que a energia deixará de ser valorada por cotas – custo de operação e manutenção – e passará a ser vendida a preços livres.
“Nossa tarifa já é uma das mais caras do mundo. Depois que o contribuinte pagou 30 anos em todas as usinas e todo o passivo e investimento, agora que é hora de pagar a tarifa menor, Paulo Guedes quer vender a Eletrobras para sair de R$ 73 por megawatt-hora para R$ 150, R$ 170, R$ 180 por MWh. Faça-me o favor, não é hora de impor imposto e tarifa cara ao consumidor”, disse.
Eletrobras vai subindo com expectativa de privatização; relator dará parecer até sexta
O senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras, pretende entregar o seu parecer sobre o texto até o fim desta semana. A expectativa sobre a privatização tem gerado um impacto positivo sobre o papel, que acumula alta mensal de 19,66%, cotado a R$ 45. Vale lembrar que a ação começou o ano na casa dos R$ 35 e chegou a cair para R$ 27 em fevereiro.
Segundo o parlamentar, a ideia é levar o texto a plenário na quinta-feira (10) ou no início da semana que vem. O relator, na tarde de terça (8), se encontrou com o ministro da economia, Paulo Guedes. Ambos falaram à imprensa após o encontro.
“Vamos apresentar um relatório que vai procurar reunir as convergências. E nos pontos que houver divergências, vamos submeter a voto. Mas o nosso esforço, num compromisso que fiz com o ministro Paulo Guedes, é de apresentar o relatório ainda esta semana e votarmos, se não na quinta-feira, no início da próxima semana”, disse o relator.
Além disso, o senador afirmou que vai tentar deixar o texto da Privatização da Eletrobras mais próximo do que foi aprovado na Câmara.
Com informações do Estadão Conteúdo