A Justiça federal de Pernambuco determinou a liberação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A decisão de liberar Andrade chegou após um pedido da Polícia Federal. Além dele foram liberados outro 4 presos.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tinha sido preso na manha desta terça-feira (19) pela própria PF. Robson Braga de Andrade é suspeito de estar envolvido em um esquema de corrupção.
Operação Fantoche
O presidente da CNI foi alvo da Operação Fantoche, deflagrada contra supostas fraudes no “Sistema S” e no Ministério do Turismo. O presidente da CNI foi preso em São Paulo e teve a prisão temporária decretada por cinco dias. Segundo informações da Justiça, a PF pediu a soltura de Andrade após a conclusão de buscas e apreensões em endereços ligados a ele e outros investigados.
Saiba mais: PF prende presidente da CNI por suspeita de corrupção em Sistema S
Foram expedidos mandados de prisão dos presidentes das Federações das Indústrias dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. Além disso, empresários e advogados também foram presos.
PF cumpre 40 mandatos de prisão
A PF cumpriu outros 40 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que autorizou as prisões, também decretou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.
Entre os atos ilícitos investigados estão crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. Entre os presos está o empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação, que que já tinha sido preso em 2013 na Operação Esopo.
Segundo os investigadores, um grupo de empresas controladas pela mesma família executou contratos de convênios desde 2002 com o Ministério e com as entidades. No total, o esquema movimentou mais de R$ 400 milhões.
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), empresas sem fins lucrativos eram utilizadas para justificar os contratos e convênios. O esquema envolvia em sua maioria a execução de eventos culturais e publicidade superfaturando contratos. Um desses eventos, realizado pelo SESI, e chamado de Bonecos do Mundo, deu o nome para a operação. A idealizadora do evento, Lina Rosa Gomes, também foi alvo de mandato de prisão. Além disso, a PF apontou como os contratos também eram inconclusos e os recursos desviados através de empresas de fachada.
A CNI é o órgão que representa o setor industrial no Brasil.
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